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sábado

Conhecer a periferia e linguagem próxima do leitor: diretores dão dicas para sucesso de jornais populares Anderson Scardoelli


Realizado em São Paulo, o 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo abriu espaço para os jornais populares na manhã desta sexta-feira, 13. Os diretores de redação Paulo Oliveira (Massa, de Salvador) e Rogério Maurício (Super Notícia, de Contagem/Belo Horizonte) participaram do painel “Jornalismo popular: serviço, crime e brinde”. 


Os dois afirmaram que as publicações vendidas por até R$ 1 vão além do que o título da palestra sugere. Eles também deram dicas para conseguir manter um diário com esse perfil nas bancas. 

Voltar os olhos para os bairros afastados
Idealizador do Massa, diário vendido por R$ 0,50 e pertencente ao Grupo A Tarde, Moreira conta que visitou os bairros mais pobres de Salvador. Para o jornal ser lançado em outubro de 2010, ele afirma que esses passeios foram importantes para conhecer a forma de agir do público alvo.

O diretor avalia que esse contato com as regiões mais afastadas da capital baiana refletiu desde a linguagem usada pelo veículo até as cores do logotipo. “Fomos para esses bairros e vimos que nos comércios locais predominavam o vermelho e o amarelo. Resultado: deixamos o jornal com essas duas cores. Teve acadêmico que reclamou, disse que estava ‘muito carregado’, mas ele não sabe que foi tudo estudado para se aproximar do leitor”.

Jornalistas que pensam como o povo
Ter a equipe de jornalistas formada por quem sabe conviver com o povo foi fator determinante na seleção para formar a redação do Super Notícia. A linguagem informal, que se aproxima do público das classes C, D e E, segundo avalia Maurício, é muito importante o repórter entender como é a vida dessas pessoas.

À frente do jornal criado em junho de 2002 pela Sempre Editora (também responsável pelo O Tempo), Maurício conta que proíbe sua equipe de opinar nas reportagens. Ele garante que essa conduta faz com que o Super Notícia, até por ser vendido a R$ 0,25, cumpra função social com a população da Grande Belo Horizonte – escrevendo o que o povo quer ouvir e tirando pessoas do analfabetismo. 

Repórteres sem preconceito
“O que você mudaria num jornal popular?”, foi a pergunta; “tudo!”, a resposta. Esse diálogo foi o bastante para eliminar uma candidata a repórter do Massa, conta Moreira. O jornalista avalia que para se trabalhar nos diários populares o profissional deve entender a proposta desses impressos.

Maurício concorda com seu colega de trabalho e conta ser indispensável os jornalistas de um diário popular pegarem gosto em conhecer e conviver com a população da classe C, principal alvo dessas publicações. “Tem muita gente que não gosta de pobre. E se não gosta de pobre, não serve para o Super”. 

Chamativo sem apelar
Encontrar a manchete certa para atrair o leitor todos os dias, mas sem se tornar sensacionalista, é um desafio constante para os jornais populares. Moreira e Maurício afirmam que erros já aconteceram e que, provavelmente, vão existir novos exageros nas primeiras páginas. Por outro lado, garantem que esses equívocos são benéficos para “pegar o jeito” do jornal ideal. 

Fenômeno por acaso
Maior jornal brasileiro em circulação durante o ano passado com média superior a 350 mil exemplares por dia, segundo dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC), o mineiro Super Notícia não chegou às bancas de forma planejada. O diretor de redação explica que ele foi criado apenas na tentativa de aquecer o mercado impresso da capital estadual e região.

Com o sucesso, porém, Maurício rechaça as críticas ao conteúdo e ao preço do Super Notícia e lança um desafio. “Quero ver a Folha ser vendida a R$ 0,25 e atingir quase 400 mil”. Sem poupar elogios à publicação que chefia, ele garante que o diário “fez uma revolução na imprensa brasileira”. A afirmação teve o apoio de Oliveira. “Serve de exemplo para todos nós populares”, diz o diretor do A Tarde.

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Rogério Maurício [esq.] e Paulo Oliveira durante apresentação no congresso da Abraji (Imagem: Leandro Melito)


sexta-feira

Biquínis e Tendências 2.013 para a mulher moderna e prática. E que sabe economizar.





Tudo o que já se disse e repetiu de biquínis desde a sua criação em meados de 1.960 poderia ser repetido pelos críticos, pelos observadores mais atentos e pela mulher antenada que não se deixa envolver demais por desfiles fantasiosos, que apresentam alguns modelos futurísticos que só são vistos nas passarelas mas que nem são produzidos e vendidos para o público, seja pelo custo ou pela falta de praticidade no uso,lavagem e falta de conforto.
Em pleno inverno aqui no hemisfério sul, as fábricas de tecidos já foram para a Europa no ano passado observar as tendências, já produziram e venderam seus padrões, cores e catálogos e já venderam para as confecções que produziram os pilotos que agora mostram nos desfiles.
Como já disse,  muitos desses modelos não serão produzidos e os tradicionais cortininha, cortinão, lacinho, bojo torcido e outros preferidos pelas confecções entrarão sorrateiramente nos catálogos como se fossem criações de 2.013.
Isso não é uma crítica. Há muitas coisas que não podem mudar e os tradicionais biquínis são uma  dessas.
Além dos modelos, a receita também se repete com padrões e cores. Nenhuma confecção sensata vai deixar de ter o preto, o branco, o azul e branco, o vermelho. Lisos, com bolinhas ou florais e os geométricos, os desfiles mostram que o que é belo fica sempre, e as novidades estranhas nem são comercializadas sob pena de encalhe retumbante.
Nessa hora quem sai ganhando sempre, é quem comprou a um ou dois anos biquínis de qualidade, que certamente poderão continuar sendo usados porque estão novos e são bonitos.
Tanto quem vai à praia ou para a piscina todos os dias como quem vai de vez em quando vai poder variar mais com os bons  e bonitos das outras coleções.
Quem ganha mais ainda é quem pesquisa bastante e consegue comprar biquínis  da coleção passada que ainda são comercializados, quase sempre por sites e lojas virtuais como a www.biquinis.tv
Lá, você pode pagar incríveis biquínis da Rosa dos Ventos, da Bumbum Ipanema, Blue Man,  e até do famoso estilista ex- DASLU, Marcelo Quadros, por incríveis R$ 9,90; R$19,90;  R$ 29,90 e R$ 39,90.
Esses biquínis foram vendidos de R$ 90,00 até R$ 400,00. E você pode ter um novinho ou comprar dez, pelo preço de um. Pode ter certeza de que ninguém vai imaginar que seja da coleção passada. Todo mundo vai “babar” nos padrões, cores e na Lycra de qualidade incomparável como o usado pela Rosa dos Ventos, certamente a confecção mais criteriosa na escolha do tecido, no esmero da facção e nos metais usados que mais parecem joias.
Veja a página da www.biquinis.tv  no Facebookhttps://www.facebook.com/pages/biquinisguarujacom/143182202382888 com fotos maravilhosas de modelos ainda comercializados.
Invista  menos de quarenta reais e faça inveja de mais de quatrocentos!!!

terça-feira

Miss Praias do Guarujá

Marinho Guzman

Concurso de beleza com a finalidade de divulgar a cidade de Guarujá e suas praias.
Seguindo a tendência mundial de comunicação de massa, o evento é quase na totalidade virtual.
Os concursos de beleza que fizeram muito sucesso em outras épocas perderam espaço em razão dos altos custos de produção e divulgação. Patrocinadores de produtos de consumo nacional especialmente para mulheres não se convenciam que esses altos custos pudessem se converter em vendas.
Os grandes patrocinadores dos concursos sempre foram maiôs, biquínis e produtos de higiene e beleza para a mulher.
No caso dos biquínis, a sazonalidade sempre foi um impedimento de vez que as vendas só ocorrem no verão.
Hoje todo evento é pensado como um marco, uma notícia, uma ponta de iceberg para a divulgação na internet.
Rápida, relativamente barata e de grande abrangência, os concursos de beleza produzem fotos que estampam o que há de melhor, mais bonito e mais apreciado por ambos os sexos.
A beleza do corpo e do rosto, a expressão de felicidade sempre estampada por largos sorrisos são um chamariz  e o suporte para todas as mensagens dos patrocinadores.
A realização de um concurso de beleza para mulheres de 15 a 25 anos nessa época de comunicação total pelas redes sociais, especialmente pelo Facebook será sem dúvidas um grande sucesso com pequena inversão de verbas e a possibilidade de formado o grupo de participantes serem elas apresentadas nas baladas de setembro a janeiro com desfiles que certamente renderão participação nas bilheterias dessas festas.

Informações com Marinho Guzman e-mail biquinisguaruja@hotmail.com   Telefone 13-9713-2020

sábado

Concórdia, discórdia e misericórdia. Sonoro não?



Concórdia é a situação em que prevalece a harmonia de propósitos, o entendimento, paz.
Discórdia  convivência desarmônica ou conflituosa.  Estado de beligerância entre pessoas ou nações criado por algum desacordo.
Misericórdia Sentimento de dor e solidariedade causado pela miséria alheia;  Perdão, clemência, indulgência
A interjeição expressa pedido de piedade, clemência.
Compartilho um texto escrito com base em Lucas 6.36-38

SEJAM MISERICORDIOSOS  -

A GRAÇA DO SR. JESUS CRISTO, A COMUNHÃO DO E.S. E O AMOR DE DEUS O PAI SEJAM COM TODOS VOCÊS. Amém.

O tema de nossa prédica encontramos nas primeiras palavras de nosso texto: "Sêde misericordiosos!"
No mundo em que vivemos há muita DISCÓRDIA. Começando em casa, entre os irmãos; continuando na escola entre colegas ou entre alunos e professores; e depois no trabalho, entre patrões e empregados; na cidade entre vizinhos, e no mundo todo guerras entre os países.

EM TODA PARTE EMCONTRAMOS DISCÓRDIAS. A discórdia é como uma doença, e essa doença causa a infelicidade entre as pessoas!
A palavra "discórdia" vem do latim: "Cordis" = coração, alma, ânimo, sentimento. DIScórdia pode ser traduzido por "coração partido / dividido" ou até mesmo "sem coração". Assim nós podemos concluir que essa doença chamada DISCÓRDIA, SEM CORAÇÃO, leva pessoas à morte!! Na Bíblia, as pessoas que vivem em discórdia, pessoas sem coração, são pessoas mortas já em vida.
O contrário da discórdia é a concórdia. Isto é: Corações unidos, corações curados, corações que vivem em paz e harmonia, corações que vivem em saúde espiritual. Então, onde existe concórdia, existe vida verdadeira, alegria e felicidade. - E quem não gosta de viver feliz?!
Mas o problema é: Será que no mundo de hoje ainda se pode achar concórdia ?? Vizinhos que vivem em briga ainda podem voltar a ter paz?
E casais em discórdia, em desunião, ainda podem ter de novo corações unidos? A discórdia é uma verdadeira DOENÇA na sociedade...
Mas, onde será que está a CURA para esta doença?
Eu digo: Sozinhos, a gente não consegue a CURA. E enquanto uma pessoa vive em desarmonia com Deus, ela também não consegue viver em união com outras pessoas.
No entanto, Deus nos deu um remédio contra a discórdia: A MISERICÓRDIA. A palavra "misericórdia" significa sentir a miséria no coração. Então SER MISERICORDIOSO significa sentir a dor junto com o outro. - DEUS É MISERICORDIOSO CONOSCO; ele sente as nossas dores junto conosco, e quer nos ajudar. Ele quer nos dar o remédio da misericórdia a fim de curar a doença da discórdia.
E quem é que nos trouxe este remédio?! – Jesus Cristo. É Jesus que diz em nosso texto "vosso Pai é misericordioso". - Ou seja, Deus mandou o seu próprio Filho Jesus Cristo, e em Jesus a misericórdia de Deus se tornou visível e palpável !! - Justamente porque Jesus não só contou a parábola do Bom Samaritano, mas ele mesmo também é o bom samaritano, aquele que com toda a naturalidade usa de misericórdia para com as pessoas que vivem já quase mortas. Em outras palavras, Jesus mesmo sacrificou sua vida na cruz, de pura MISERICÓRDIA a nós pecadores. E por misericórdia Ele abriu as portas do Reino de Deus a todo aquele que nele crê.
Nós podemos dizer, que Jesus é a misericórdia em pessoa.
É por isso que também hoje em dia os que vivem em discórdia podem receber misericórdia e começar uma vida nova com Deus e com as pessoas. - Deus é misericordioso: isto nós não podemos esquecer em nenhum dia de nossa vida. Nós DEPENDEMOS da misericórdia de Deus. Nós somos FILHOS de Deus, e Ele é um Pai misericordioso.
Mas, a misericórdia de Deus não é só um presente que guardamos para nós mesmos! O texto bíblico ainda diz: "Sêde misericordiosos como também vosso Pai é misericordioso." - Filhos são sempre parecidos com os pais; e normalmente os filhos procuram imitar seus pais. Um exemplo bastante comum: Um filho vê o pai reformando a casa, serrando madeira, martelando... aquele filho também vai querer experimentar como se faz; ele vai brincar com o martelo e o serrote!
-A mesma coisa é a nossa relação com Deus Pai: Se nós somos filhos de Deus, nós devemos observar o que nosso Pai celeste faz; nós devemos ouvir o que ele diz; e devemos procurar imitá-lo. - Se não imitamos a misericórdia de Deus, então não podemos dizer que somos seus verdadeiros filhos.
-O apóstolo Paulo escreveu: "Sejam imitadores de Deus, como filhos amados, e andem em amor, assim como Jesus Cristo nos amou e se entregou por nós." (Ef 5.1+2). - Então, a misericórdia de Deus é motivação para a nossa misericórdia.
Mas como se faz isso na vida diária?! Como nós podemos ser misericordiosos com os outros?
Em nosso texto bíblico, Jesus dá uma receita. Ele diz: "Não julguem os outros (e Deus não julgará vocês)... Não condenem os outros ( e Deus não condenará vocês) ... Mas perdoem e dêem aos outros (e Deus perdoará e dará a vocês)."
Em outras palavras, Jesus está dizendo que JULGAR e CONDENAR não é sinal de misericórdia! E ao mesmo tempo ele fala que Deus não julga, não condena, mas perdoa e dá.
Nós podemos concluir então, que se a gente vive debaixo da misericórdia de Deus, então a gente não tem mais prazer de julgar e condenar os outros. Não precisamos de JULGAMENTOS! Não precisamos de CONDENAÇÃO! Ao contrário(!): Nós PRECISAMOS (e já temos) da Graça, da Misericórdia e do Perdão.

E, se nós observamos o motivo de tanta discórdia entre as pessoas, normalmente é porque pessoas JULGAM umas as outras, sem misericórdia.
Vamos levar hoje este desafio pra casa: Se queremos ser cristãos, vamos viver debaixo da misericórdia de Deus; e vamos levar bem a sério a recomendação de Jesus: "Sejam misericordiosos..."
Misericórdia e perdão são as melhores sementes que podemos lançar neste mundo a fim de vencer o ódio e a discórdia.
Amém.



terça-feira

Melhor campanha de marketing de biquínis 2.013




Cada vez mais, a moda está flexível na modelagem, texturas e cortes. Não há muitas regras!
É só uma questão de gosto. De bom gosto.
As mulheres podem escolher de acordo seu corpo e isso é a moda.
E são muitas as opções da moda para o verão 2013.
As modelagens das calcinhas são mais amplas. Você já observa nas lojas especializadas em biquínis! Para quem gosta dos menores, eles também estão disponíveis em “cortininha”, lacinho e fio dental.
As estampas e cores seguem as tendências. Para os lisos, nos biquínis, as cores continuam sendo o verde, o branco, o roxo e os tons terra aparecem com tudo. O pretinho e o branco estão em todas as coleções.
As estampas como onça, pele de cobra, o náutico, as listras, as formas geométricas estão em alta. Algumas grifes até apostaram no floral. Só mudaram as cores predominantes e não são a tendência mais forte.
Para a praia
Os detalhes aparecem em argolas e outras aplicações de metal seguindo tons ouro e prata.
A parte superior dos biquínis traz os bojos que dão melhor sustentação aos seios! Para quem quer “avantajar” essa parte, é uma boa ! O bojo torcido e o tomara-que-caia estão com tudo!
Os maiôs aparecem com decotes, recortes variados, cavas comportadas, que disfarçam os quadris maiores e deixam a mulher mais chique e clássica!
Sem sombra de dúvidas, as grandes marcas brasileiras influenciam as tendências de biquínis e maiôs em todo o mundo.
Com tantas opções não é difícil escolher. Não fique fora dessa! Vestir-se bem requer mais bom gosto do que propriamente ter muito dinheiro, aproveite desde já a moda de 2013.
Biquinis Guarujá comercializa algumas das melhores marcas disponíveis no mercado.
Atacado e varejo, pronta entrega, na loja do Guarujá ou pela internet.
Veja no nosso site www.biquinisguaruja.com.br a nova loja virtualjá tem um link www.biquinisatacado.com
Praia de Pitangueiras, Guarujá e você pode ver e pegar na mão e comprar no varejo por preço de atacado ou de fábrica, dependendo da quantidade mínima, que não é grande.
O telefone da loja é (13)7807-6981 Nextel ID 24*52727.

sábado

MMA e BBB: tudo a ver MMA: A VIOLÊNCIA EXPLÍCITA (A visão de um especialista) POR ODAIR BORGES*


MMA, UFC, PRIDE e outras siglas são sinônimos de briga de rua travestida de luta.
Nos primórdios do Japão feudal, os vários estilos de lutas eram praticados com objetivo de defesa pessoal de importância vital para o guerreiro Samurai, onde os conceitos de honra, coragem, disciplina e respeito eram a essência na formação integral do homem.
Não é essa a mensagem que atualmente vem sendo disseminada pelos lutadores, instrutores e patrocinadores do MMA, que sem formação e informação acadêmica, pegam carona na bandeira da moda, o que lhes proporciona a evidente exposição midiática, e sem duvida, a pecúnia vindoura.
No Brasil, o esperto cérebro do UFC encontrou clima propício e o espaço estratégico como um grande esquema para disseminar a modalidade onde é notória, em entrevistas tanto de lutadores como entrevistadores, comentaristas e cronistas a ignorância sobre o tema lutas.
Em simples análise técnica, a luta de MMA resume-se na sua maior parte em socos sem conhecimento de boxe.
Como disse nosso grande campeão Eder Jofre “se fossem lutar na regra do boxe não aguentariam um minuto”.
Na luta no solo, alguns praticam Ju Jutsu (JiuJitsu Brasileiro), mas a fragilidade técnica não permite finalizações nas oportunidades.
Desse modo, preferem com força canhestra, socar o adversário, extravasando a própria estupidez.
Há pouco tempo, quando de transmissão direta pela TV, torcedores de uma equipe de futebol, após assistirem em sua sede as lutas de MMA, saíram às ruas e mataram a socos e ponta pés outro torcedor de equipe rival de futebol, levados que foram pela violenta emoção.
É a união perfeita: torcidas de futebol e os fanáticos adeptos do MMA.
Poucos dias antes do inicio do último circo do MMA no Rio de Janeiro, durante entrevista coletiva, torcedores em manifestação grotesca e aos gritos de “Vai morrer! Vai morrer! Vai morrer!”, impediram o lutador americano Chad Mendes, desafiante do Brasileiro José Aldo, de ouvir as perguntas dos jornalistas credenciados.
Observando lutas anteriores de MMA, já vimos “nossos famosos” e também estrangeiros que, de forma rixenta e arrogante, desrespeitam adversários.
É o retorno aos combates sangrentos da antiga Roma, demonstrando a supremacia da nova afirmação da fera sobre o homem, levando jovens praticantes a serem adestrados para demonstrações narcisistas em busca de afirmação, através da agressão física.
Estão na mídia as agressões a professores, invasão de Universidades, alunos armados e brigas de torcidas.
São jovens perdendo suas referências e seus ideais, deixando-se levar por supostos prazeres, poderes e exibições.
A mídia por sua vez, apresenta o programa de lutas ou o “Panes et Circences”, da época dos pervertidos Calígula (12-41 AD) e Cômodus (161-192 AD), como sendo a mais pura e moderna atração contemporânea.
Ao mesmo tempo, o grande público vê nesse teatro de violência a oportunidade para exteriorizar uma perigosa agressividade que transcende o evento esportivo e que muitas vezes sem motivo aparente é transferida para a convivência social.
Podemos até pensar numa mostra de indignação dos que assistem, influenciados que estão, pela destruição de valores que temos presenciado em nosso meio político e social, que nos leva a pensar sobre o que é certo ou errado no comportamento das pessoas.
Em análise acadêmica, fundamentada em pesquisa cientifica, de acordo com a teoria de aprendizagem social, (Bandura e Walters, 1963) reforçam o conceito de agressão imitativa por meio do qual, crianças expostas a uma atividade agressiva de adultos, imitam esse comportamento, especialmente quando o modelo adulto é observado sendo bem sucedido e recompensado. Segundo (Elias e Dunning, 1986) os benefícios econômicos e o prestígio fazem com que se deixe de lado a rivalidade amistosa convertendo-a em rivalidade hostil.
É bem estabelecido na literatura que o reforço influencia fortemente o comportamento futuro. Para (Skinner,1953), atos de violência, emanam de uma variedade de fontes que podem ser:
a) O grupo de referência imediato do atleta: professores, treinadores, companheiros de equipe, amigos e família.
b)  A estrutura do esporte principalmente no que diz respeito: ao ambiente de aprendizado e prática, às organizações esportivas, patrocinadores, empresários esportivos, cujo objetivo é apenas o lucro financeiro sem a preocupação educacional.
c) Atitude e fanatismo de fãs e torcedores, a mídia na procura de audiência e a sociedade em geral.
A agressividade como um estereótipo masculino desejável é talvez uma causa arraigada e significativa do reforço positivo que os atletas masculinos recebem para agirem agressivamente.
Quanto a isso os pais têm um importante papel na orientação de valores apropriados no comportamento social de seus filhos.
Assumindo-se que o instinto para o comportamento agressivo do indivíduo é uma constante, cabe portanto ao educador, quando utilizar das lutas como conteúdo programático, explorar os aspectos educativo, filosófico e social, de suma importância no ensino de qualquer modalidade de luta.
Artigo publicado  no Jornal Correio Popular, de Campinas.
*Autor: Prof. Ms. Odair Borges
Mestrado em Educação Física pela Universidade de São Paulo.
Professor USP / PUCCAMP.

7º Dan em Judô. 7º Dan em Jiu Jitsu. 4º Grau em Jiu Jitsu Brasileiro.
Membro das Comissões de Graduação da Federação Paulista de Judô e da Confederação Brasileira de Judô.

Nota do blog: Os grifos em negrito são do blogueiro.
Que cada vez mais acha que poucos fenômenos emburrecedores são tão parecidos como o BBB e o MMA.
E que a inegável popularidade de ambos apenas aumenta a preocupação com o futuro do processo civilizatório.

segunda-feira

O PUXA SACO POLÍTICO É A PIOR PRAGA DO SECULO XXI


O PUXA SACO garantindo o leitinho dos meninos
Estudiosos da evolução do homo sapiens estão preocupados com o que chamam de "desvio psíquico momentâneo de comportamento". Segundo esses estudiosos, o sujeito acometido por tal desvio apresenta uma reação súbita de carinho e devoção por uma pessoa desconhecida, estranha ao seu meio, de hierarquia social mais elevada e sem qualquer vínculo de consangüinidade.Para os estudiosos, esta espécie de homo sapiens comumente é encontrada nas repartições públicas. A repartição pública é o lugar preferido deste tipo de homo sapiens. O cérebro do puxa-saco é muito pequeno, fato que dificulta seu raciocínio para tarefas que exijam certas habilidades, tais como: andar de bicicleta, jogar dama, brincar de amarelinha etc. o puxa-saco geralmente é um sujeito solitário, não tem amigos, isto explica o fato de o mesmo dedicar-se a alguém que não conhece com uma fidelidade canina. O puxa-saco não se irrita com facilidade, talvez seja o indivíduo menos estressado da sociedade moderna. No entanto, caso alguém cometa algum desatino contra seu tutor ou padrinho político, o mesmo é capaz de se transformar no mais hercúleo dos homens. Opuxa-saco não é tão apegado ao dinheiro quanto o avarento, no entanto adora o poder. Onde há alguém com o mínimo de poder lá existe um puxa-saco, sendo que quanto maior o grau de hierarquização de alguém dentro de uma esfera de poder, maior será o grau de bajulação de um puxa-saco. O puxa-saco não prima pela fidelidade, apegando-se abruptamente ao sucessor de seu superior hierárquico no momento em que este mais precisa de sua devoção. Essa característica fez o cientista observar que "a fidelidade canina do puxa-saco é relativa, dependendo do osso que lhe derem para roer".

Fonte: Quixabeira

Corrupção no jornalismo, regra ou exceção

Por Natália Prado 


O jornalismo lida diariamente com a informação e possui uma diversidade de atividades, como coleta de dados, interrogações da realidade, edição dos fatos, posicionamento histórico e direcionamento futuro. Vale ressaltar que, sem esses "dispositivos", o texto poderá tornar-se refém de um jornalismo superficial e manipulador.
A profissão poderá também perder seu brio se o jornalista ao invés de apresentar alternativas, resolver indicar alguns destinos. Isso acontece, por exemplo, no jornalismo de especulação, que "brinca com a realidade", como se o repórter pudesse avaliar as ações posteriores por meio de uma bola de cristal.

"Jornalismo de dossiês"

A pressa pelo furo fácil faz com que a imprensa abra mão dos cuidados mínimos para uma boa apuração, já que as denúncias quase sempre são "notícias esquentadas", matérias que não demanda grandes apurações.
Os problemas não se restringem apenas ao "denuncismo" ou a "especulação", existe um leque de falhas como o excessivo espaço e tempo dedicados às camadas seletivas dos partidos políticos, que muitas vezes não é correspondente a sua real importância dentro da sociedade.
A mídia passou a recorrer a departamentos de pesquisas e novas leituras, mostrando que quer atender às demandas de curto prazo do leitor. O jornalismo de hoje possui uma variedade de instrumentos e técnicas adicionais que facilitam a detecção, por exemplo, da corrupção. Um recurso utilizado é a publicação indiscriminada de dossiês.
Os dossiês são recebidos por jornalistas prontos e acabados, ora de um grupo de políticos, ora de procuradores, e até mesmo da polícia. Esse tipo de jornalismo se confunde com jornalismo investigativo porque seu conteúdo leva um considerável tempo e recurso e tem quase os mesmos efeitos que a reportagem.
Entretanto, no jornalismo de dossiês, a investigação não é feita pelo jornalista, nem segundo critérios jornalísticos. Geralmente é feito pela polícia, por procuradores ou outras agências do aparelho de Estado, e até por escuta clandestina de telefones.
O material, na forma de um conjunto de documentos, extratos bancários ou transcrições, é entregue a ele praticamente como um pacote fechado e assim é publicado, com uma ou outra corroboração de menor importância e que não altera o conteúdo do dossiê.

Crise profissional

Jornalismo de denúncia, especulação, dossiês ilustram a evidente deterioração da profissão. Como se pode perceber o jornalismo brasileiro não está imune a toda cultura e tradição corrupta do país.
Hoje, o mundo dos jornalistas também faz parte do show bussiness já que jornalistas possuem laços cordiais com os setores empresariais. Muitos "prêmios jornalísticos" são oferecidos em troca de algumas pautas e até mesmo direcionamentos de matérias. Ou seja, o dono da empresa oferece gratificações caso o jornalista coloque a matéria que agrade o dono.
Situação corrente no mundo jornalístico é a distribuição de mimos ou brindes em alguns almoços e coletivas. Estas práticas evidenciam um tipo de corrupção "pequena", informal, mas que contribui para danificação da ética social. Em outubro de 2005, a revista Veja publicou a reportagem "O mensalinho da filha de Elis". A revista denunciou a prática da gravadora de Maria Rita, a Warner, de presentear principais críticos musicais do país com iPods (valor nas lojas R$600 a R$1000).
De acordo com a revista Veja, não é novidade a gravadora valer-se de um expediente no meio musical para divulgar o disco. O jabá, ou a "carinhosa lembrancinha," é dada para alguns radialistas e jornalistas como uma maneira de expressar a "força" ou o impulso aos laçamentos. O que importa é que essa matéria gerou um rebuliço no meio. Muitos jornalistas alegaram não terem recebido essa gratificação. Outros disseram que receberam, mas devolveram o aparelho intacto. Houve ainda jornalistas que afirmaram que isso tudo não influenciaria sua opinião sobre a qualidade do disco.

Jornalismo ideal

No livro O jornalismo dos anos 90, Luís Nassif relata várias atitudes que o jornalista deve tomar durante seu percurso. Segundo ele, é preciso cultivar uma análise de mundo sofisticado e não maniqueísta; expor seus argumentos de maneira isenta, deixando que o leitor tire suas próprias conclusões;trabalhar em torno da eficiência e da qualidade; não ter medo das fontes; ser diferente e original. "Entender e utilizar os procedimentos judiciais na apuração de notícias, além de minimizar injustiças, ajudaria a mídia a pensar melhor e a oferecer ao público um produto de mais qualidade", destaca.
Os profissionais, contudo, não seguem o planejamento citado, chegando ao ponto de desrespeitar regras elementares do jornalismo. A atividade jornalística se descaracteriza para atender os interesses do mercado. No jornalismo ideal, as coisas poderiam ser diferentes, mas para mudar seria necessário alterar atitudes e a consciência em cada órgão de comunicação, aprofundando questionamentos sobre o tipo de jornalismo que é feito há séculos.
Cláudio Abramo, em seu livro A Regra do Jogo, afirma que, no jornalismo, não existe uma ética específica - sua ética é a mesma do cidadão, "o que é ruim para o cidadão é ruim para o jornalista". Entretanto, para ele, existe a "regra do jogo" vivenciada pelas empresas de comunicação, ou seja, a ética dos donos.
E essa "ética dos donos" ainda é exercida vigorosamente nos meios de comunicação, já que os grandes conglomerados do país estão sob controle de famílias e elites políticas. Atualmente, a propriedade da televisão de sinal aberto está nas mãos de alguns grupos familiares como família Marinho (Globo), Sirotsky (RBS), Saad (Bandeirantes), Abravanel (SBT), Daou (TV Amazonas) e Câmara (TV Anhangüera).
De acordo com a legislação, é proibido "o exercício da função de diretor ou gerente de empresa concessionário de rádio ou televisão a quem esteja no gozo de imunidade parlamentar ou de foro especial". Essa proibição existe para garantir transparência e não deixar que o político divulgue sua imagem pessoal. Entretanto, a maioria das emissoras comerciais pertence a políticos ou ex-políticos que fazem de sua imagem um show à parte.
Esses conglomerados midiáticos, para sobreviver, fazem pactos incondicionais com o governo garantindo, assim, sua manutenção e expansão. Por barganhas políticas, muitas emissoras se comprometem a não divulgarem determinadas situações como forma de favorecer determinado político. O que acontece é uma moeda de troca, e as concessões são dadas de acordo com os votos do Congresso.
Para acabar com esse círculo vicioso, Caio Albuquerque indica algumas soluções como realizar as concessões de forma transparente, com critérios definidos e com justos processos contemplando assim a democracia e a participação das demais classes
.

Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros

Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros
Capítulo I - Do direito à informação 
Art. 1º O Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros tem como base o direito fundamental 
do cidadão à informação, que abrange direito de informar, de ser informado e de ter 
acesso à informação. 
Art. 2º Como o acesso à informação de relevante interesse público é um direito 
fundamental, os jornalistas não podem admitir que ele seja impedido por nenhum tipo de 
interesse, razão por que: 
I - a divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de comunicação e 
deve ser cumprida independentemente da linha política de seus proprietários e/ou 
diretores ou da natureza econômica de suas empresas; 
II - a produção e a divulgação da informação devem se pautar pela veracidade dos fatos e 
ter por finalidade o interesse público; 
III - a liberdade de imprensa, direito e pressuposto do exercício do jornalismo, implica 
compromisso com a responsabilidade social inerente à profissão; 
IV - a prestação de informações pelas organizações públicas e privadas, incluindo as nãogovernamentais, deve ser considerada uma obrigação social; 
V - a obstrução direta ou indireta à livre divulgação da informação, a aplicação de censura 
e a indução à autocensura são delitos contra a sociedade, devendo ser denunciadas à 
comissão de ética competente, garantido o sigilo do denunciante. 
Capítulo II - Da conduta profissional do jornalista 
Art. 3º O exercício da profissão de jornalista é uma atividade de natureza social, estando 
sempre subordinado ao presente Código de Ética. 
Art. 4º O compromisso fundamental do jornalista é com a verdade no relato dos fatos, 
deve pautar seu trabalho na precisa apuração dos acontecimentos e na sua correta 
divulgação.  
Art. 5º É direito do jornalista resguardar o sigilo da fonte. 
Art. 6º É dever do jornalista: 
I - opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, bem como defender os princípios 
expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos; 
II - divulgar os fatos e as informações de interesse público; 
III - lutar pela liberdade de pensamento e de expressão; 
IV - defender o livre exercício da profissão; 
V - valorizar, honrar e dignificar a profissão; 
VI - não colocar em risco a integridade das fontes e dos profissionais com quem trabalha; 
VII - combater e denunciar todas as formas de corrupção, em especial quando exercidas 
com o objetivo de controlar a informação; 
VIII - respeitar o direito à intimidade, à privacidade, à honra e à imagem do cidadão; 

IX - respeitar o direito autoral e intelectual do jornalista em todas as suas formas; 
X - defender os princípios constitucionais e legais, base do estado democrático de direito; 
XI - defender os direitos do cidadão, contribuindo para a promoção das garantias 
individuais e coletivas, em especial as das crianças, adolescentes, mulheres, idosos, 
negros e minorias; 
XII - respeitar as entidades representativas e democráticas da categoria; 
XIII - denunciar as práticas de assédio moral no trabalho às autoridades e, quando for o 
caso, à comissão de ética competente; 
XIV - combater a prática de perseguição ou discriminação por motivos sociais, 
econômicos, políticos, religiosos, de gênero, raciais, de orientação sexual, condição física 
ou mental, ou de qualquer outra natureza. 
Art. 7º O jornalista não pode: 
I - aceitar ou oferecer trabalho remunerado em desacordo com o piso salarial, a carga 
horária legal ou tabela fixada por sua entidade de classe, nem contribuir ativa ou 
passivamente para a precarização das condições de trabalho; 
II - submeter-se a diretrizes contrárias à precisa apuração dos acontecimentos e à correta 
divulgação da informação; 
III - impedir a manifestação de opiniões divergentes ou o livre debate de idéias; 
IV - expor pessoas ameaçadas, exploradas ou sob risco de vida, sendo vedada a sua 
identificação, mesmo que parcial, pela voz, traços físicos, indicação de locais de trabalho 
ou residência, ou quaisquer outros sinais; 
V - usar o jornalismo para incitar a violência, a intolerância, o arbítrio e o crime; 
VI - realizar cobertura jornalística para o meio de comunicação em que trabalha sobre 
organizações públicas, privadas ou não-governamentais, da qual seja assessor, 
empregado, prestador de serviço ou proprietário, nem utilizar o referido veículo para 
defender os interesses dessas instituições ou de autoridades a elas relacionadas; 
VII - permitir o exercício da profissão por pessoas não-habilitadas; 
VIII - assumir a responsabilidade por publicações, imagens e textos de cuja produção não 
tenha participado; 
IX - valer-se da condição de jornalista para obter vantagens pessoais. 
   
Capítulo III - Da responsabilidade profissional do jornalista 
Art. 8º O jornalista é responsável por toda a informação que divulga, desde que seu 
trabalho não tenha sido alterado por terceiros, caso em que a responsabilidade pela 
alteração será de seu autor. 
Art 9º A presunção de inocência é um dos fundamentos da atividade jornalística. 
Art. 10. A opinião manifestada em meios de informação deve ser exercida com 
responsabilidade. 
Art. 11. O jornalista não pode divulgar informações: 
I - visando o interesse pessoal ou buscando vantagem econômica; II - de caráter mórbido, sensacionalista ou contrário aos valores humanos, especialmente 
em cobertura de crimes e acidentes; 
III - obtidas de maneira inadequada, por exemplo, com o uso de identidades falsas, 
câmeras escondidas ou microfones ocultos, salvo em casos de incontestável interesse 
público e quando esgotadas todas as outras possibilidades de apuração; 
Art. 12. O jornalista deve: 
I - ressalvadas as especificidades da assessoria de imprensa, ouvir sempre, antes da 
divulgação dos fatos, o maior número de pessoas e instituições envolvidas em uma 
cobertura jornalística, principalmente aquelas que são objeto de acusações não 
suficientemente demonstradas ou verificadas; 
II - buscar provas que fundamentem as informações de interesse público; 
III - tratar com respeito todas as pessoas mencionadas nas informações que divulgar; 
IV - informar claramente à sociedade quando suas matérias tiverem caráter publicitário ou 
decorrerem de patrocínios ou promoções; 
V - rejeitar alterações nas imagens captadas que deturpem a realidade, sempre 
informando ao público o eventual uso de recursos de fotomontagem, edição de imagem, 
reconstituição de áudio ou quaisquer outras manipulações; 
VI - promover a retificação das informações que se revelem falsas ou inexatas e defender 
o direito de resposta às pessoas ou organizações envolvidas ou mencionadas em 
matérias de sua autoria ou por cuja publicação foi o responsável; 
VII - defender a soberania nacional em seus aspectos político, econômico, social e 
cultural; 
VIII - preservar a língua e a cultura do Brasil, respeitando a diversidade e as identidades 
culturais; 
IX - manter relações de respeito e solidariedade no ambiente de trabalho; 
X - prestar solidariedade aos colegas que sofrem perseguição ou agressão em 
conseqüência de sua atividade profissional. 
Capítulo IV - Das relações profissionais 
Art. 13. A cláusula de consciência é um direito do jornalista, podendo o profissional se 
recusar a executar quaisquer tarefas em desacordo com os princípios deste Código de 
Ética ou que agridam as suas convicções. 
Parágrafo único. Esta disposição não pode ser usada como argumento, motivo ou 
desculpa para que o jornalista deixe de ouvir pessoas com opiniões divergentes das suas. 
Art. 14. O jornalista não deve: 
I - acumular funções jornalísticas ou obrigar outro profissional a fazê-lo, quando isso 
implicar substituição ou supressão de cargos na mesma empresa. Quando, por razões 
justificadas, vier a exercer mais de uma função na mesma empresa, o jornalista deve 
receber a remuneração correspondente ao trabalho extra; 
II - ameaçar, intimidar ou praticar assédio moral e/ou sexual contra outro profissional, 
devendo denunciar tais práticas à comissão de ética competente; 
III - criar empecilho à legítima e democrática organização da categoria. Capítulo V - Da aplicação do Código de Ética e disposições finais 
Art. 15. As transgressões ao presente Código de Ética serão apuradas, apreciadas e 
julgadas pelas comissões de ética dos sindicatos e, em segunda instância, pela Comissão 
Nacional de Ética. 
§ 1º As referidas comissões serão constituídas por cinco membros. 
§ 2º As comissões de ética são órgãos independentes, eleitas por voto direto, secreto e 
universal dos jornalistas. Serão escolhidas junto com as direções dos sindicatos e da 
Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), respectivamente. Terão mandatos 
coincidentes, porém serão votadas em processo separado e não possuirão vínculo com 
os cargos daquelas diretorias. 
§ 3º A Comissão Nacional de Ética será responsável pela elaboração de seu regimento 
interno e, ouvidos os sindicatos, do regimento interno das comissões de ética dos 
sindicatos. 
Art. 16. Compete à Comissão Nacional de Ética: 
I - julgar, em segunda e última instância, os recursos contra decisões de competência das 
comissões de ética dos sindicatos; 
II - tomar iniciativa referente a questões de âmbito nacional que firam a ética jornalística; 
III - fazer denúncias públicas sobre casos de desrespeito aos princípios deste Código; 
IV - receber representação de competência da primeira instância quando ali houver 
incompatibilidade ou impedimento legal e em  casos especiais definidos no Regimento 
Interno; 
V - processar e julgar, originariamente, denúncias de transgressão ao Código de Ética 
cometidas por jornalistas integrantes da diretoria e do Conselho Fiscal da FENAJ, da 
Comissão Nacional de Ética e das comissões de ética dos sindicatos; 
VI - recomendar à diretoria da FENAJ o encaminhamento ao Ministério Público dos casos 
em que a violação ao Código de Ética também possa configurar crime, contravenção ou 
dano à categoria ou à coletividade. 
Art. 17. Os jornalistas que descumprirem o presente Código de Ética estão sujeitos às 
penalidades de observação, advertência,  suspensão e exclusão do quadro social do 
sindicato e à publicação da decisão da comissão de ética em veículo de ampla circulação. 
Parágrafo único - Os não-filiados aos sindicatos de jornalistas estão sujeitos às 
penalidades de observação, advertência,  impedimento temporário e impedimento 
definitivo de ingresso no quadro social do sindicato e à publicação da decisão da 
comissão de ética em veículo de ampla circulação. 
Art. 18. O exercício da representação de modo abusivo, temerário, de má-fé, com notória 
intenção de prejudicar o representado, sujeita o autor à advertência pública e às punições 
previstas neste Código, sem prejuízo da remessa do caso ao Ministério Público. 
Art. 19. Qualquer modificação neste Código só poderá ser feita em congresso nacional de 
jornalistas mediante proposta subscrita por, no mínimo, dez delegações representantes 
de sindicatos de jornalistas. 
  
Vitória, 04 de agosto de 2007. 
Federação Nacional dos Jornalistas 

domingo

Por que o brasileiro não se indigna e não vai à praça protestar contra a corrupção? Ensaio uma resposta antes de alguns dias de folga


Juan Arias, correspondente do jornal espanhol El País no Brasil, escreveu no dia 7 um artigo indagando onde estão os indignados do Brasil. Por que não ocupam as praças para protestar contra a corrupção e os desmandos? Não saberiam os brasileiros reagir à hipocrisia e à falta de ética dos políticos? Será mesmo este um país cujo povo tem uma índole de tal sorte pacífica que se contentaria com tão pouco? Publiquei, posts abaixo, a íntegra de seu texto. Afirmei que ensaiaria uma resposta, até porque a indagação de Arias, um excelente jornalista, é procedente e toca, entendo, numa questão essencial dos dias que correm. A resposta não é simples nem linear. Há vários fatores distintos que se conjugam. Vamos lá.
Povo privatizadoO “povo” não está nas ruas, meu caro Juan, porque foi privatizado pelo PT. Note que recorro àquele expediente detestável de pôr aspas na palavra “povo” para indicar que o sentido não é bem o usual, o corriqueiro, aquele de dicionário. Até porque este escriba não acredita no “povo” como ente de valor abstrato, que se materializa na massa na rua. Eu acredito em “povos” dentro de um povo, em correntes de opinião, em militância, em grupos organizados — e pouco importa se o que os mobiliza é o Facebook, o Twitter, o megafone ou o sino de uma igreja. Não existe movimento popular espontâneo. Essa é uma das tolices da esquerda de matriz anarquista, que o bolchevismo e o fascismo se encarregaram de desmoralizar a seu tempo. O “povo na rua” será sempre o “povo na rua mobilizado por alguém”. Numa anotação à margem: é isso o que me faz ver com reserva crítica — o que não quer dizer necessariamente “desagrado” — a dita “Primavera Árabe”. Alguém convoca os “povos”.
No Brasil, as esquerdas, os petistas em particular, desde a redemocratização, têm uma espécie de monopólio da praça. Disse Castro Alves: “A praça é do povo como o céu é do condor”. Disse Caetano Veloso: “A praça é do povo como o céu é do avião” (era um otimista; acreditava na modernização do Bananão). Disse Lula: “A praça é do povo como o povo é do PT”. Sim, responderei ao longo do texto por que os não-petistas não vão às ruas quase nunca. Um minutinho. Seguindo.
O “povo” não está nas ruas, meu caro Juan Arias, porque o PT compra, por exemplo, o MST com o dinheiro que repassa a suas entidades não exatamente para fazer reforma agrária, mas para manter ativo o próprio aparelho político — às vezes crítico ao governo, mas sempre unido numa disputa eleitoral. Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Haddad, ministro da Educação e candidato in pectore do Apedeuta à Prefeitura de São Paulo, estarão neste 13 de julho no 52º Congresso da UNE. Os míticos estudantes não estão nas ruas porque empenhados em seus protestos a favor. Você tem ciência, meu caro Juan, de algum outro país do mundo em que se fazem protestos a favor do governo? Talvez na Espanha fascista que seus pais conheceram, felizmente vencida pela democracia. Certamente na Cuba comuno-fascistóide dos irmãos Castro e na tirania síria. E no Brasil. Por quê?
Porque a UNE é hoje uma repartição pública alimentada com milhões de reais pelo lulo-petismo. Foi comprada pelo governo por quase R$ 50 milhões. Nesse período, esses patriotas, meu caro Juan, se mobilizaram, por exemplo, contra o “Provão”, depois chamado de Enade, o exame que avalia a qualidade das universidades, mas não moveram um palha contra o esbulho que significa, NA FORMA COMO EXISTE, o ProUni, um programa que já transferiu bilhões às mantenedoras privadas de ensino, sem que exista a exigência da qualidade. Não se esqueça de que a UNE, durante o mensalão, foi uma das entidades que protestaram contra o que a canalha chamou “golpe da mídia”. Vale dizer: a entidade saiu em defesa de Delúbio Soares, de José Dirceu, de Marcos Valério e companhia. Um de seus ex-presidentes e então um dos líderes das manifestações que resultaram na queda de Fernando Collor é hoje senador pelo PT do Rio e defensor estridente dos malfeitos do PT. Apontá-los, segundo o agora conservador Lindbergh Farias, é coisa de conspiração da “elites”. Os antigos caras-pintadas têm hoje é a cara suja; os antigos caras-pintadas se converteram em verdadeiros caras-de-pau.
Centrais sindicaisO que alguns chamam “povo”, Juan, chegaram, sim, a protestar em passado nem tão distante, no governo FHC. Lá estava, por exemplo, a sempre vigilante CUT. Foi à rua contra o Plano Real. E o Plano Real era uma coisa boa. Foi à rua contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. E a Lei de Responsabilidade Fiscal era uma coisa boa. Foi à rua contra as privatizações. E as privatizações eram uma coisa boa.  Saiba, Juan, que o PT votou contra até o Fundef, que era um fundo que destinava mais recursos ao ensino fundamental. E onde estão hoje a CUT e as demais centrais sindicais?
Penduradas no poder. Boa parte dos quadros dos governos Lula e Dilma vem do sindicalismo — inclusive o ministro que é âncora dupla da atual gestão: Paulo Bernardo (Comunicações), casado com Gleisi Hoffmann (Casa Civil). O indecoroso Imposto Sindical, cobrado compulsoriamente dos trabalhadores, sejam sindicalizados ou não, alimenta as entidades sindicais e as centrais, que não são obrigadas a prestar contas dos milhões que recebem por ano. Lula vetou o expediente legal que as obrigava a submeter esses gastos ao Tribunal de Contas da União. Os valentes afirmaram, e o Apedeuta concordou, que isso feria a autonomia das entidades, que não se lembraram, no entanto, de serem autônomas na hora de receber dinheiro de um imposto.
Há um pouco mais, Juan. Nas centrais, especialmente na CUT, os sindicatos dos empregados das estatais têm um peso fundamental, e eles são hoje os donos e gestores dos bilionários fundos de pensão manipulados pelo governo para encabrestar o capital privado ou se associar a ele — sempre depende do grau de rebeldia ou de “bonomia”do empresariado.
O MST, A UNE E OS SINDICATOS NÃO ESTÃO NAS RUAS CONTRA A CORRUPÇÃO, MEU CARO JUAN, PORQUE SÃO SÓCIOS MUITO BEM-REMUNERADOS DESSA CORRUPÇÃO. E fornecem, se necessário, a mão-de-obra para o serviço sujo em favor do governo e do PT. NÃO SE ESQUEÇA DE QUE A CÚPULA DOS ALOPRADOS PERTENCIA TODA ELA À CUT. Não se esqueça de que Delúbio Soares, o próprio, veio da… CUT!
Isso explica tudo? Ou: “Os Valores”Ainda não!
Ao longo dos quase nove anos de poder petista, Juan, a sociedade brasileira ficou mais fraca, e o estado ficou mais forte; não foi ela que o tornou mais transparente; foi ele que a tornou mais opaca. Em vez de se aperfeiçoarem os mecanismos de controle desse estado, foi esse estado que encabrestou entidades da sociedade civil, engajando-as em sua pauta. Até a antes sempre vigilante Ordem dos Advogados do Brasil flerta freqüentemente com o mau direito — e o STF não menos — em nome do “progresso”. O petismo fez das agências reguladoras meras repartições partidárias, destruindo-lhes o caráter.
Enfraqueceram-se enormemente os fundamentos de uma sociedade aberta, democrática, plural. Em nome da diversidade, da igualdade e do pluralismo, busca-se liquidar o debate. A Marcha para Jesus, citada por você, à diferença do que querem muitos, é uma das poucas expressões do país plural que existe de fato, mas que parece não existir, por exemplo, na imprensa. À diferença do que pretendem muitos, os evangélicos são um fator de progresso do Brasil — se aceitarmos, então, que a diversidade é um valor a ser preservado.
Por que digo isso? Olhe para a sua Espanha, Juan, tão saudavelmente dividida, vá lá, entre “progressistas” e “conservadores” — para usar duas palavras bastante genéricas —, entre aqueles mais à esquerda e aqueles mais à direita, entre os que falam em nome de uma herança socialista e mais intervencionista, e os que se pronunciam em favor do liberalismo e do individualismo. Assim é, você há de convir, em todo o mundo democrático.
Veja que coisa, meu caro: você conhece alguma grande democracia do mundo que, à moda brasileira, só congregue partidos que falam uma linguagem de esquerda? Pouco importa, Juan, se sabem direito o que dizem e são ou não sinceros em sua convicção. O que é relevante é o fato de que, no fim das contas, todos convergem com uma mesma escolha: mais estado e menos indivíduo; mais controle e menos liberdade individual. Como pode, meu caro Juan, o principal partido de oposição no Brasil pensar, no fim das contas, que o problema do PT é de gestão, não de valores? Você consegue se lembrar, insisto, de alguma grande democracia do mundo em que a palavra “direita” virou sinônimo de palavrão? Nem na Espanha que superou décadas de franquismo.
Imprensa
Se você não conhece democracia como a nossa, Juan, sabe que, com as exceções que confirmam a regra, também não há imprensa como a nossa no mundo democrático no que concerne aos valores ideológicos. Vivemos sob uma quase ditadura de opinião. Não que ela deixe de noticiar os desmandos — dois ministros do governo Dilma caíram, é bom deixar claro, porque o jornalismo fez o seu trabalho. Mas lembre-se: nesta parte do texto, trato de valores.
Tome como exemplo o Código Florestal. Um dia você conte em seu jornal que o Brasil tem 851 milhões de hectares. Apenas 27% são ocupados pela agricultura e pela pecuária; 0,2% estão com as cidades e com as obras de infra-estrutura. A agricultura ocupa 59,8 milhões (7% do total); as terras indígenas, 107,6 milhões (12,6%). Que país construiu a agropecuária mais competitiva do mundo e abrigou 200 milhões de pessoas em apenas 27,2% de seu território, incluindo aí todas as obras de infra-estrutura? Tais números, no entanto — do IBGE, do Ibama, do Incra e da Funai — são omitidos dos leitores (e do mundo) em nome da causa!
A crítica na imprensa foi esmagada pelo engajamento; não se formam nem se alimentam valores de contestação ao statu quo — que hoje, ora veja!, é petista. Por quê? Porque a imprensa de viés realmente liberal é minoritária no Brasil. Dá-se enorme visibilidade aos movimentos de esquerdistas, mas se ignoram as manifestações em favor do estado de direito e da legalidade. Curiosamente, somos, sim, um dos países mais desiguais do mundo, que está se tornando especialista em formar líderes que lutam… contra a desigualdade. Entendeu a ironia?
Quem vai à rua?Ora, Juan, quem vai, então, à rua? Os esquerdistas estão se fartando na lambança do governismo, e aqueles que não comungam de suas idéias e que lastimam a corrupção e os desmandos praticamente inexistem para a opinião pública. Quando se manifestam, são tratados como párias. Ou não é verdade que a imprensa trata com entusiasmo os milhões da parada gay, mas com evidente descaso a marcha dos evangélicos? A simples movimentação de algumas lideranças de um bairro de classe média para discutir a localização de uma estação de metro é tratada por boa parte da imprensa como um movimento contra o… “povo”.
As esquerdas dos chamados movimentos sociais estão, sim, engajadas, mas em defender o governo e seus malfeitos. Afirmam abertamente que tudo não passa de uma conspiração contra os movimentos populares. As esquerdas infiltradas na imprensa demonizam toda e qualquer reação de caráter legalista — ou que não comungue de seus valores ditos “progressistas” — como expressão não de um pensamento diferente, divergente, mas como manifestação de atraso.
Descrevi, meu caro Juan, o que vejo. Isso tem de ser necessariamente assim? Acho que não! A quem cabe, então, organizar a reação contra a passividade e a naturalização do escândalo, na qual se empenha hoje o PT? Essa indagação merecerá resposta num outro texto, que este já vai longe. Fica para depois do meu descanso.
Do seu colega brasileiro Reinaldo Azevedo.
Por Reinaldo Azevedo