Jornalista e escritor, Humberto Werneck não hesita ao afirmar que o texto precisa ser sedutor. Com presença marcada na Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto), ele conversou com o público no último domingo, 18, sobre preferências e esquisitices em relação às palavras.
Em entrevista ao G1, Werneck falou sobre suas inspirações, como os cronistas Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Antônio Maria e Rubem Braga, que em sua opinião é o grande mestre. "Acredito que a crônica é menos assunto que pegada, tudo é o jeito que se fala das coisas, não a coisa em si. Tem que dar ao leitor a sensação de intimidade, sem solenidade". Segundo ele, escritores e jornalistas precisam se ajoelhar aos pés do leitor. “Quem deseja ser lido tem que ser sedutor. As palavras são um saco sem fundo, não são um meio de dizer alguma coisa, mas o fim em si nesse aspecto [de seduzir]. Tudo é a maneira como se conta algo para alguém”, comenta.
Autor de livros e de uma coluna veiculada aos domingos no Estadão, Werneck deixou a redação há alguns anos e participou da Fliporto no ano passado em um painel com o bibliotecário e professor universitário Edson Nery da Fonseca. Na ocasião eles falaram sobre Gilberto Freyre, homenageado daquela edição.
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