Sempre me perguntam qual o melhor vinho, em minha opinião, e sempre respondo: “é aquele me ficou em minha memória alegrando um instante que se tornou um momento inesquecível”, este é, para mim, o melhor vinho.
Melhor que admirar o vinho é saber que existem pessoas neste universo que nos ensinam a admirar ainda mais este milenar ritual oferecido pela magia das uvas, pessoas como Elidio Lopes Cavalcanti: um mago dos vinhedos do mundo.
Dos vinhedos do Chile às videiras da França, ele já constatou que: “o vinho inspira e contribui enormemente para a felicidade de viver”, como dizia Napoleão Bonaparte. Caminhos e descobertas que este mago tem o dom de transmitir com uma simplicidade impressionante. Onde leigos na arte do vinho podem, rapidamente, instruir-se como um discípulo da nobreza oculta em cada garrafa de vinho, cultuada em rituais sagrados e amorosos muito além do tempo de nossa compreensão, entre brindes Gregos, Romanos e Egípcios...
Quando este mago fala de vinho, percebe-se que nasceu em meio aos vinhedos do mundo, mas tem mesmo sua origem e coração no bairro de Santo Amaro, na cidade de São Paulo, de onde partiu para seu voo de sabedoria pelos territórios mágicos de colheita de histórias sobre o milagre das mãos que transformam uvas em vinho no coração de terras privilegiadas com o sopro divino. Acredito que Deus soprou nas terras de Bordeaux na França, entre outras, onde o vinho se transforma em realidade. Platão também devia ter essa visão, pois para ele: “o vinho é o mais belo presente que Deus fez aos homens”.
Lopes, tem o carisma que o vinho vem buscando há séculos. É o mensageiro desta bebida, em suas aulas, em suas narrativas em seus programas de TV, em uma confraria e até mesmo num bate papo informal. Ele conhece o preço mínimo que devemos pagar por uma garrafa de um vinho honesto.
Pelo seu paladar o conhecimento e história de garrafas de vinho como o Romanée Conti 71 (Magnum 1.5L) ao custo de US$ 6,000.00 a unidade; o Chateau Margaux 83 (Jéroboam 5L) ao custo de US$ 3,800.00 a unidade, viram contos interessantes onde se aprende o oculto da arte de tomar e decifrar vinhos.
A humildade e o reconhecimento à sua equipe são notados quando, nas fotos em seus folhetos, seus colaboradores mais simples estão à frente e ele bem lá atrás, como apenas uma sombra que deixa a luz de seus funcionários brilharem de maneira própria, características de líderes do futuro.
Talvez ele não tenha escolhido o vinho como caminho, mas o vinho o escolheu como Embaixador. Como disse o escritor Ernest Hemingway: “o conhecimento e a educação sensorial apurada podem obter do vinho prazeres infinitos” e Lopes não só o faz muito bem, como também o divide com seu público muito bem, deixando-lhes o inefável sabor de uma degustação sensorial.
Nem só de vinho vive este homem. Também é um especialista em marketing e no atendimento personalizado com fidelização de clientes. Basta conhecer a sua empresa Terroir (“terroar” é uma palavra francesa sem tradução em nenhum outro idioma. Significa a relação mais íntima entre o solo e o micro-clima particular, que concebe o nascimento de um tipo de uva, que expressa livremente sua qualidade, tipicidade e identidade em um grande vinho, sem que ninguém consiga explicar o porquê) e vai notar que, além de conhecer um verdadeiro ancestral de Vigneron, aquele homem simples, poeta é a figura de um pequeno produtor transformando em poesia o seu trabalho no vinhedo. E, com amor, paixão, respeito, dando assim continuidade à história secular da família do vinho.
Entre fotos e emoções com Christian Moueix, dono do Château Pétrus, que transformou a região de Pomerol em uma das mais famosas regiões do mundo e brindes com Antoine Roland-Billecart que possui a Billecart-Salmon, uma das duas melhores maisons de champagne do mundo, ele ainda encontra tempo para atender e retornar ligações dos amigos aqui no Brasil.
Diz um provérbio Francês do Século XIV que: “o avô planta a vinha, seu filho faz o vinho e seu neto saberá o porquê”. Em sua atuação Lopes desvenda e ensina todos estes seculares segredos e prazeres.
Lopes é um gênio! Talvez por beber e viver tão intensamente os mistérios do vinho, Charles Baudelaire tinha razão quando afirmou que: “beber vinho é beber genialidade”.
Coisas de vencedores...
Coisas de vencedores...
Cesar Romão
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