Márcio Juliboni
de Exame.com
Quando se fala de Facebook, todos os números são superlativos – da quantidade de usuários aos 5 bilhões de dólares que a empresa deve levantar com o seu IPO. Agora, outro começa a chamar a atenção: estima-se que cerca de 1.000 pessoas tornem-se milionárias com a abertura de capital.
Pelo menos, este é o número que ganha cada vez mais força na imprensa americana. A estimativa surgiu, pela primeira vez, em uma reportagem da agência de notícias Reuters de dezembro. Nesta quarta-feira, foi a vez do The Wall Street Journal voltar ao assunto.
À medida que o IPO do Facebook, fundado por Mark Zuckerberg, torna-se cada vez mais concreto, analistas e jornalistas americanos reforçam as comparações com outro fenômeno da internet: o Google, cuja abertura de capital, em 2004, teria criado mais de 1.000 milionários da noite para o dia.
Pé de meia
Se as especulações estiverem corretas, afirma o WSJ, o IPO do Facebook teria condições de enriquecer todos os seus 700 funcionários, além de investidores que já participam do capital da empresa.
Tanto a Reuters, quanto o WSJ, admitem que não há dados precisos sobre a distribuição de capital do Facebook, mas lembram que, com o split (desmembramento de ações) ocorrido em 2010, onde cada papel original foi dividido em cinco, funcionários que haviam adquirido ações do Facebook por 6 dólares, há 5 anos, podem hoje estar virtualmente milionários – com os papéis valendo agora cerca de 40 dólares.
Desse jeito, o Facebook corre o risco de ver uma leva de funcionários se aposentarem cedo – e, de quebra, migrarem para o Eleqt, uma rede social focada apenas em milionários e cujo convite para integrá-la custa cerca de 5.000 dólares.
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