Rede social funciona mais como um canal para publicidade
DO “FINANCIAL TIMES”
Ainda que os americanos tenham batido recorde de compras on-line em 2011, os varejistas estão desapontados com o Facebook. A rede social ainda não é uma plataforma de varejo, dizem. "Não pegaram esse coelho ainda", diz Jonathan Johnson, presidente da empresa de comércio Overstock.com.
Essa é uma moda inflada pelo Vale do Silício, dizem os céticos. Já os defensores apostam que funcionará.
O termo "f-commerce" designa a combinação entre Facebook e comércio. Na prática, são três as possibilidades: 1) O Facebook pode ser um meio publicitário que leva compradores aos sites de varejo; 2) Pode ser usado para coletar informações sobre usuários e recomendar produtos a partir de dados postados nos perfis da rede social; 3) Pode abrigar lojas.
Kevin Ryan, presidente-executivo do Gilt Groupe, empresa de comércio de moda on-line, diz que o Facebook ainda não interfere nas decisões de compras. Por exemplo, na Cyber Monday, a segunda-feira de promoções no sites de e-commerce após o feriado de Ação de Graças, apenas 0,56% dos compradores foram a eles levados por redes sociais, segundo a IBM.
DECOLAR
O foco do Facebook é a publicidade. O site diz que 88% dos 200 maiores grupos de e-commerce estão "integrados". E só neste fim de ano, afirma, receberam 236% mais tráfego vindo do Facebook. A alta ocorre devido à fraca base de comparação, diz Joel Bines, consultor de varejo.
A consultoria Booz & Co. prevê que o "comércio social" nos EUA chegará a US$ 14 bilhões em 2015 (hoje é de US$ 1 bilhão). Mas inclui na conta desde compras influenciadas pelo Facebook até as feitas em sites como o Groupon.
Siva Kumar, presidente do site de comparação de compras TheFind, deu destaque a produtos na web depois de analisar dados do botão curtir. "Em 2012, o 'comércio social' decolará. É como engatinhar, andar e correr. Correr começará no ano que vem."
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