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terça-feira

Onze pecados mortais das mídias sociais


A maioria das marcas está tentando fortemente obter sucesso com as iniciativas demídias sociais. Elas estão testando novas formas de engajamento – das receitas de checkout até os anúncios nos jornais; e tentando ao máximo se conectar com seus consumidores nas redes sociais.
Na busca de tentar fazer as coisas, algumas “top” marcas cometeram erros. Aqui estão algumas coisas a serem evitadas, sem exceções:
1. Fazer promoções o tempo todo. Na luta de manter o consumidor engajado, as marcas tendem a continuar oferecendo promoções especiais. Esse esforço total de desconto e atração tende a ter um impacto negativo por desvalorizar a marca e o relacionamento.
2. Esperar que as pessoas venham. As marcas se estabelecem em sites de mídias sociais e simplesmente esperam que o consumidor venha e as encontre. Fazem pouco pelo engajamento através do diálogo ou pelas estratégias de marketing junto aos outros canais. Elas simplesmente se estabelecem e esperam que isso seja suficiente para atrair os consumidores.
3. Realizar concursos e jogos o tempo todo. Fazer jogos é a nova moda para o engajamento e muitas marcas investem nisso de forma significativa. Além disso, as marcas tendem a executar múltiplos concursos, cujo resultado dilui severamente o seu compromisso com as métricas de conversão.
4. Bloquear feedback negativo. Muitas marcas boas tendem a bloquear ou ignorar o feedback negativo. Se você comenta no site, eles tiram o comentário ou têm uma estratégia definida para levar os comentários ruins para o mais longe possível. Essa estratégia diminui o valor dos comentários positivos.
5. Lançar press releases nas mídias sociais. Você presta atenção em mais de 300 caracteres e assiste vídeos longos? As marcas tendem a esquecer a natureza conversacional do engajamento nos sites de mídias sociais – mensagens curtas e interessantes são uma forma muito melhor de engajar.
6. Esperar 24 horas para responder. Algumas marcas demoram um longo tempo para responder porque checam o feedback social apenas duas vezes por semana. Outras marcas demoram porque precisam de uma aprovação antes de responder. O problema é que se você demorar muito o consumidor provavelmente vai pedir uma resposta ou passar para outra pessoa.
7. Não ligar os seus canais. Sempre um clássico com a mão esquerda não sabendo o que a direita faz. Há algumas semanas, uma grande empresa de viagens teve dois tipos de iniciativa – um cartão de desconto de gás por e-mail que diminuía 10 centavos por galão e um desconto de 5 centavos oferecido nas mídias sociais. Levou uma mala direta para corrigir o problema.
8. Espionar e chocar seus clientes. Embora seja ok para uma marca aproveitar os “widgets” para rastrear o comportamento do consumidor em sites de mídias sociais, é assustador quando a marca surpreende esse consumidor com ofertas. Um clique em um link social leva a uma chamada telefônica de um representante de cruzeiros que descaradamente diz ter observado seu comportamento online, por exemplo.
9. Apenas deixar rolar. Algumas marcas acham que tudo bem alcançar uma certa massa crítica nas mídias sociais e depois disso podem simplesmente “deixar rolar”. A bola de neve pode rolar para o lado errado e prejudicar a marca.
10. Focar nos “likes”. Um foco cego em dirigir os “likes” levou a uma desvalorização do botão “curtir” e resultou em um ROI significativamente menor.
11. “Esperar” para começar. Acredite ou não, ainda há marcas, especialmente na área de serviços financeiros, que estão esperando a mídia social da moda terminar.

Mídias sociais podem ter um impacto positivo. Não espere, não foque em “likes” e, por favor, não conte aos seus fãs que sabe em qual link eles clicaram às 11h33. Boa sorte com seus empreendimentos sociais!




http://onperformance.com.br/blog/onze-pecados-mortais-das-midias-sociais?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=onze-pecados-mortais-das-midias-sociais

10 lições para vencer o medo de inovar

CAMILA MENDONÇA



COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Consultores indicam ações simples que promovem crescimento sustentável e gradual, mas que requerem persistência.
Confira abaixo:
1- Faça uma devassa na papelada
Entender o momento da empresa e a trajetória que ela segue no mercado é o primeiro passo para traçar qualquer estratégia ou sair de uma situação difícil.
Para começar, o ideal é mapear itens como variações de fluxo de caixa, desempenho de funcionários, qualidade de produtos, perfil e volume de clientes e relação com fornecedores. É como "tirar o pulso da companhia constantemente". Não vale fazer as avaliações só no fim do ano fiscal, diz o advogado Artur Lopes, autor de "Quem Matar na Hora da Crise" (ed. Évora). Alterações não previstas indicam necessidade de reavaliar o planejamento.

2- Reivente a própria história
Alessandro Shinoda/Folhapress
Luis Berti, dono da Toca da Leitura
Luis Berti, dono da Toca da Leitura, inovou estratégia
De onde vem o sucesso da concorrência? Que estratégias em seu setor têm dado certo? Que produtos têm abocanhado mercado? Tem havido mudança na cadeia produtiva? Como o consumidor avalia os serviços da empresa?
O mundo empresarial se reinventa a todo momento, e "quem não acompanha esse movimento cai", afirma Marcos Hiller, coordenador do MBA de Gestão de Marcas da Trevisan Escola de Negócios.
Feiras e congressos são oportunidades para identificar tendências. Outra opção é visitar empresas do setor, como fez Luis Berti, 31, dono da Toca da Leitura, de locação de livros.
Ele descobriu que, conforme o valor da locação, os clientes preferiam comprar a obra.

Pensou em algo para diferenciá-lo. Hoje, investe em espaço "gourmet" para os clientes e agregou à locação a venda de livros. "Ficaríamos para trás se não mudássemos."
3- Deixe os funcionários terem ideias
O empresário pode reservar um dia na semana ou no mês para avaliar o negócio e fazer "brainstorming" com funcionários. O intuito não é sair com ideias prontas, mas com propostas, diz David Callás, professor do Insper.
4- Revolucione prevendo necessidades
Mesmo que o principal produto da empresa seja inédito, é importante "desconcentrar investimentos para aplicar em desenvolvimento" e ampliar o
portfólio, avalia Callás. Inovar não significa só criar algo revolucionário, mas elaborar um artigo de que o consumidor precise ou incrementar um já existente.

5- Mova-se, mesmo que seja em passos lentos
Não adianta identificar tendências e pensar em mudanças se a empresa não for flexível, afirma Caio Brisolla, diretor-executivo da Marcondes Consultoria. Começar devagar, investindo pouco no início, minimiza perdas.
6- Mude o dinheiro de lugar
Para investir em inovação, a receita é dura e simples: poupe e corte gastos da empresa. Depois, o montante obtido com o redirecionamento de recursos deve ser dividido em dois eixos: reinvestimento e reserva para cobrir possíveis gastos com desvio de rota, ensina Fábio Gallo, professor da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas).
7- Volte sempre ao banco da escola
Cursos e oficinas auxiliam a traçar estratégias. Se não souber onde procurar, vale buscá-los em sites como o do Sebrae e o do Ministério do Desenvolvimento.
8- Misture presente e futro
Estratégias de curto prazo dão retorno imediato e são também uma armadilha para que o empresário deixe de lado as de longo prazo. Ainda que seja difícil fazê-las coexistir -pois exigem compartilhamento de equipes e de estrutura-, as metas devem estar no planejamento e ter acompanhamento, diz Fernando Serra, diretor da HSM Educação.
9- Descubra o poder de investir em pessoas
Isadora Brant/Folhapress
Marcos Mendes, da AcquaZero, treinou equipe
Marcos Mendes, da AcquaZero, treinou equipe
Boas ideias, planejamento em dia, reservas a contento. Falta algo primordial: treinamento da equipe.
"Uma empresa que preza pela qualidade é baseada no incentivo à criatividade e no poder de decisão conferido a seus funcionários", diz Luiza Sampaio, economista do Instituto IOB.
Isso resulta na qualidade do atendimento ao cliente. Equipes bem orientadas são estimuladas a estudar o mercado e estão abertas a dar boas ideias.

Foi a partir do treinamento do time que a AcquaZero, franqueadora de lavagem a seco, conseguiu crescer, afirma Marcos Mendes, 37.
O empresário investiu R$ 300 mil na compra da marca, mas descobriu que não havia padronização. Aplicou o mesmo montante para, entre outras mudanças, criar uma central de vendas e treinar os franqueados. Quando adquiriu a rede, em 2010, havia 30 unidades. Reduziu-as a 15 e hoje tem 50. Treinar a equipe foi vital para a expansão, diz ele.
Estratégias de curto prazo dão retorno imediato e são também uma armadilha para que o empresário deixe de lado as de longo prazo. Ainda que seja difícil fazê-las coexistir -pois exigem compartilhamento de equipes e de estrutura-, as metas devem estar no planejamento e ter acompanhamento, diz Fernando Serra, diretor da HSM Educação.
10- Sim, o cliente sempre tem razão
Se faltam mudanças ou se o caminho está certo, quem vai dizer é o cliente. Pesquisas no ponto de venda e nas redes sociais são formas de colher opiniões, indica Edemar Wolf de Paula, gerente da Incubadora Raiar da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica).
A Yogoberry, rede de franquias de frozen, mudou estofamento de bancos e cores das lojas por sugestão de cliente. "O consumidor sabe distinguir o que tem qualidade", afirma o diretor Marcelo Bae.

Pais entram no Facebook, e adolescentes migram para o Twitter

MARTHA IRVINE

DA ASSOCIATED PRESS
Adolescentes não tuítam, nunca tuítam --é público demais, há muitos usuários mais velhos. Não é bacana.
Essa há tempos tem sido a previsão, surgida de números mostrando que menos de um em cada dez adolescentes usava o Twitter no início do serviço.
Jeff Roberson/Associated Press
Taylor Smith, 14, acessa o Twitter no celular em sua casa, em Kirkwood, no Missouri (EUA)
Taylor Smith, 14, acessa o Twitter no celular em sua casa, em Kirkwood, no Missouri (EUA)
Mas, então, seus pais, avós, vizinhos, amigos dos pais e todos os intermediários começaram a adicioná-los no Facebook --e uma coisa curiosa começou a acontecer.
De repente, o espaço dos adolescentes não era mais só deles. Assim, mais jovens começaram a migrar para o Twitter, escondendo-se da vista dos outros.
"Eu amo o Twitter, é a única coisa que tenho para mim mesmo... Porque meus pais não têm [perfil no Twitter]", tuitou alegremente Britteny Praznik, 17, que vive nos arredores de Milwaukee. Embora ainda tenha uma conta no Facebook, ela aderiu ao Twitter no verão passado, depois de mais pessoas em sua escola terem feito o mesmo. "[O Twitter] meio que pegou", diz ela.
Adolescentes elogiam a facilidade de uso e a capacidade de enviar o equivalente a uma mensagem de texto para um círculo de amigos, muitas vezes menor do que aquele que eles têm em suas contas abarrotadas no Facebook. Eles podem ter várias contas e não precisar usar seus nomes reais. Eles também podem seguir suas celebridades favoritas e usar o Twitter como um palanque, se quiserem.
A popularidade crescente que os adolescentes relatam se encaixa com os resultados de um relatório do Pew Internet & American Life Project, uma organização sem fins lucrativos que monitora hábitos de tecnologia das pessoas.
A migração tem sido lenta, mas constante. A pesquisa da Pew, de julho do ano passado, constatou que 16% dos jovens entre 12 e 17 anos usam o Twitter. Dois anos atrás, esse percentual era de apenas 8%. "Essa duplicação é definitivamente um aumento significativo", diz Mary Madden, especialista de pesquisa sênior da Pew. E ela suspeita de que esse número seja ainda maior atualmente.
PRESSÃO SOCIAL
A pesquisa da Pew descobriu que quase uma em cada cinco pessoas de 18 a 29 anos tomou gosto pelo serviço de microblog, que permite publicar pensamentos com 140 caracteres de cada vez.
No início, o Twitter tinha uma reputação que muitos achavam não ter a ver com os hábitos on-line dos adolescentes --bem mais de metade dos quais já estava usando o Facebook ou outros serviços de redes sociais em 2006, quando o Twitter foi lançado.
"O primeiro grupo a colonizar o Twitter foram pessoas da indústria de tecnologia, que gostam de se autopromover", afirma Alice Marwick, uma pesquisadora da Microsoft Research que acompanha os hábitos dos jovens on-line.
Para os adolescentes, a autopromoção não é normalmente o objetivo. Pelo menos até eles irem à faculdade e começarem a pensar sobre suas carreiras, as rede sociais são, bem... sociais.
Mas, assim como o Twitter tem crescido, também aumentaram as formas como as pessoas e as comunidades o usam.
Por um lado, embora alguns não se deem conta disso, tuítes não têm que ser públicos. Muitos adolescentes gostam de usar o Twitter bloqueado, por meio de contas privadas. E muitos usam pseudônimos, para que apenas amigos saibam quem eles são. "O Facebook é como gritar no meio de uma multidão. O Twitter é como falar para uma sala", disse um adolescente que participou de um grupo de foco da Microsoft Research, conta Marwick.
Outros adolescentes disseram aos pesquisadores da Pew que sentem "pressão social" para adicionar as pessoas no Facebook. "Por exemplo, adicionar todos da sua escola ou aquele amigo de um amigo que você conheceu em um jogo de futebol", afirma Madden.
O Twitter é mais fluido e anônimo, dizem os adolescentes, o que lhes dá mais liberdade para evitar os amigos dos amigos dos amigos --mas isso não quer dizer que eles estejam dizendo algo particularmente bombástico. Eles simplesmente não querem que todos os vejam.
Praznik, por exemplo, tuíta desde queixas e pensamentos aleatórios até mensagens de angústia e de ansiedade. "Eu odeio neve, eu odeio inverno. Vou me mudar para a Califórnia logo que puder", diz um post recente da adolescente de Wisconsin.
E mais um: "Eu gostaria que você fosse meu, mas você não sabe o que quer. Até que você descubra o que quer eu vou seguir o meu caminho."
ESPAÇO PRÓPRIO
Pam Praznik, mãe de Britteny, monitora as contas de sua filha no Facebook. Mas Britteny pediu que ela não a seguisse no Twitter --e sua mãe concordou, contanto que os tuítes permaneçam entre amigos. "Ela poderia mandar SMS para os amigos de qualquer maneira, sem o meu conhecimento", diz a mãe.
Marwick, da Microsoft, acha que essa é uma boa ideia. "Os pais devem relaxar um pouco e dar esse espaço aos filhos", diz ela.
Ainda assim, os adolescentes e os pais não devem assumir que as contas, mesmo as bloqueadas, são totalmente privadas, diz Ananda Mitra, professora de comunicação da Universidade Wake Forest, na Carolina do Norte. Privacidade on-line, diz ela, é "privacidade mítica".
Os pais estão sempre preocupados com os predadores on-line --e especialistas dizem que eles devem usar na rede o mesmo senso comum do mundo exterior quando se trata de lidar com estranhos e fornecer muita informação pessoal.
Mas há outras questões de privacidade a considerar, diz Mitra. Alguém com uma conta pública no Twitter pode, por exemplo, retuitar um post feito em uma conta bloqueada de um amigo, permitindo que qualquer um o veja. Isso acontece o tempo todo.
E, num nível mais profundo, ele diz que aqueles que usam o Twitter e o Facebook --pública ou privadamente-- deixam um rastro de "DNA digital" que pode ser extraído por universidades, empregadores, aplicadores da lei ou anunciantes, já que essas informações são fornecidas voluntariamente.
Mitra cunhou o termo "narb" para descrever os bits narrativos que as pessoas revelam sobre si mesmas on-line --idade, sexo, localização e opiniões-- com base em interações com seus amigos.
Privacidade verdadeira, diz ela, significaria "literalmente abandonar" a comunicação textual pela internet ou por telefone --em essência, utilizar essas tecnologias de forma muito limitada. Ela admite que isso não é muito provável, dada a maneira como as coisas estão indo, mas diz que trata-se de algo a se pensar ao interagir com os amigos, ao expressar opiniões ou mesmo ao "curtir" ou seguir uma corporação ou uma figura pública.
Mas Marwick ainda acha que contas privadas representam um risco pequeno quando se considera o conteúdo médio das contas de adolescentes no Twitter. "Eles só querem ter um lugar em que possam se expressar e falar com seus amigos sem que todos os vejam", diz ela.
Como os adolescentes sempre tiveram.

Sacolinhas de ouro



HÉLIO SCHWARTSMAN

SÃO PAULO 

O assunto das sacolinhas de supermercado está parecendo plástico: não se degrada. Volto, portanto, a comentá-lo, agora à luz de informações que recebi de leitores. Na verdade, tenho mais dúvidas do que respostas, mas são questões que valeria a pena esclarecer.
Comecemos pela ciência por trás das sacolas ecológicas agora vendidas pelos supermercados paulistas. Elas são feitas com o plástico oxibiodegradável, que são essencialmente polímeros convencionais aos quais se acrescenta um aditivo de amido de milho, que tem a propriedade de enfraquecer algumas das ligações químicas entre as moléculas -conhecidas como forças de Van der Waals.
O que os estudos mostram é que, com o aditivo, os plásticos se fragmentam bem mais rápido do que sem ele. Estamos falando de anos contra séculos. Mas ninguém ainda demonstrou que esses micropedaços se decompõem mais depressa.
Trabalhos como o do engenheiro Guilherme José Macedo Fechine sugerem que não. Nesse caso, teríamos uma poluição invisível que, embora com menor potencial para entupir bueiros, permaneceria por longos períodos no ambiente, onde ainda causaria vários tipos de dano.
Outro ponto problemático é o preço. Como explica o leitor Fritz Johansen, engenheiro que atua no setor de plásticos, as sacolas tradicionais saem, para os supermercados, por R$ 8 o quilo, o que representa um custo unitário de R$ 0,02. De acordo com Johansen, para chegar aos R$ 0,19 agora cobrados ao consumidor -um aumento de quase dez vezes-, seria preciso adicionar filamentos de ouro ou platina, não um pouco de amido.
Devemos mesmo rever nossos hábitos de consumo e evitar excessos que se tornarão um ônus para nossos filhos e netos. Mas é preciso que nossas resoluções ecológicas estejam amparadas em boa ciência e se pautem pela racionalidade, não pelo marketing interessado de lobbies e governantes.

segunda-feira

COMPOSTURA E CALDO DE GALINHA

Lya Luft

LYA LUFT*

Vejo no noticioso que estamos em último lugar quanto ao retorno,para cada cidadão, dos gigantescos impostos que pagamos mesmo num cafezinho. Em muitas coisas andamos lá na rabeira do mundo, mas parece que nosso ufanismo continua pulsante. Vai daí, acompanho meio distraída a celeuma em torno de alguma cena tórrida numa das camas do Big Brother, programa a que assisti há anos, quando ele se iniciava, achando bobamente que aquilo não iria durar. Depois, vi fragmento e ouvi comentários, o suficiente para notar que a vulgaridade se perpetua e torna sem que se perceba: fica natural. Há quem vá me achar antiquada, alienada, severa. Não imagino que a gente deva usar saia comprida, manga idem, feito freiras de antigamente. Detesto a antiga hipocrisia em assuntos sexuais. Naturalidade e liberdade são positivas, mas a gente não precisa exagerar... Precisamos, já grandinhas, usar saia tão curta que a maioria fica tentando puxar um centímetro mais para baixo, num desconforto idiota? Precisamos, homens e mulheres, fingir que sexo é só o que importa, ou em idade avançada expor peles murchas em profundíssimos decotes como se o tempo nos tivesse ignorado? Um pouco de recato é questão de higiene, dia uma amiga minha, jovem e sensata. Mas haja coragem para nadar contra a correnteza, em quase todos os assuntos e modismos deste nosso tempo.
Aí vem o tal programa BBB, que virou manchete, no qual um casal (nada original, pois a isso eu mesma assisti nos primeiros tempos) faz ou finge fazer sexo embaixo da coberta sabendo que é filmado. Nada novo, isso já se viu ali com alguns parceiros a mais na cama, ou no sofá espiando, pois, se é o olhar voraz do BB que tudo espreita, por que não? Alguém ousou reclamar, mas parece que a maioria achou tudo bobagem, todos estavam gostando, o povo espectador aplaudindo, por que não, por que não? Afinal, não somos tropicais, liberados, avançados, modernos, embora digam que somos Terceiro Mundo – ou exatamente porque somos?

"Minha esperança é que, apesar de tudo,
 se afirme e se espalhe a velha mania
do bom gosto e da compostura,
que, como caldo de galinha,
nunca fez mal a ninguém."

Não sei se progresso se mede pela vulgaridade. Não sei se avanço se calcula conforme a deselegância, e se ascender socialmente implica baixar as calças, levantar a saia, tirar o que sobrou do sutiã. Tenho dúvidas. Tenho insegurança a respeito do que representam essas drásticas mudanças, do antigo primeiro tímido beijo na boca cheio de encantamento e mistério, e esse ficar atual, muitas vezes ainda na infância, no qual vale quase tudo e meninas engravidam sem saber – e sem saber de quem – nesses falsamente inocentes joguinhos eróticos em salões de festa, quando a luz diminui, ou dentro de piscinas sem adulto por perto, ma com bebida.
Escrevi há tempos dois artigos dizendo que família deveria ser careta: cada dia me convenço mais de que toda a sociedade deveria ser um pouquinho mais careta. Com jovens menos pressionados a enveredar precocemente por uma sexualidade que ainda não é a deles nem psíquicas nem biologicamente. Com adultos que não precisam inventar uma modernidade fictícia, mas ser amorosos e responsáveis – mais naturalmente alegres, não tendo de se expor de corpo e alma, feito, diz minha amiga Lygia Fagundes Telles, “carne em gancho de açougue”. Essa aceleração no escrachado, no pretensamente liberado, essa ânsia de ser uma celebridade, de ser notado (não necessariamente amado), essa exigência de ter imediatamente um emprego bom, fácil, muito bem pago, e todas as sensações que o mundo (da fantasia) pode oferecer, depressa, logo, agora, não têm volta. Pois a construção de uma vida, uma profissão, uma pessoa, importo pouco diante da onde de caricaturas de mulheres, homens ou gays que invade nossas telinhas e respinga no nosso colo. E o mundo gira para a frente. Tudo está virando um grande cenário de reality show? Que reality, aliás? Pois não me parece que essa seja a realidade concreta. E é isso que alimenta minha esperança de que, apesar de tudo, se afirme e espalhe a velha mania do bom gosto e da compostura, que, como caldo de galinha, nunca fez mal a ninguém.
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* Escritora. Tradutora. Colunista da VEJA
Fonte: Revista VEJA impressa, ed. 2254, nº 5 - 01 de fevereiro de 2012.

domingo

Cidade desigual Em 26 distritos da cidade de São Paulo, não há nenhum leito hospitalar; o Itaim Bibi tem mais de 2.000 vezes mais empregos do que Marsilac

ODED GRAJEW


Um estudo da Rede Nossa São Paulo divulgado recentemente apresenta o quadro da desigualdade em São Paulo. Os dados da cidade mais rica do Brasil são vergonhosos.
São Paulo é dividida em 31 subprefeituras e em 96 distritos. A população média de cada subprefeitura supera os 350 mil habitantes. Em cada distrito, há mais de 110 mil habitantes (eles são maiores do que 95% das cidades brasileiras).
Verificamos em vários distritos a ausência de equipamentos públicos. Alguns exemplos: em 44 distritos não há nem sequer uma biblioteca municipal, 56 distritos não mantém nenhum equipamento esportivo público e 59 não têm nenhum centro cultural.
Isso sem mencionar os 1,3 milhões de paulistanos que vivem em favelas e os milhões que, em função da sua baixa renda, têm enorme dificuldade de ter acesso à cultura, ao esporte e à moradia digna.
Em 26 distritos, não há nenhum leito hospitalar. Segundo pesquisa Irbem/Ibope, o tempo médio de marcação de consultas nos serviços de saúde públicos é de 52 dias. Entre a marcação e a realização de exames, gasta-se 65 dias. Entre a marcação e a realização de procedimentos mais complexos, como cirurgias, são necessários 146 dias.
Muita gente pobre, que depende do sistema público de saúde, certamente morre no meio do caminho.
As desigualdades são enormes. No item emprego, por exemplo, a diferença entre o melhor distrito (Itaim Bibi) e pior (Marsilac) é de 2218,6 vezes -cerca de 300 mil empregos no primeiro distrito, apenas 136 no segundo. Para ter acesso ao trabalho, quem ganha até um salário mínimo fica, em média, duas horas ao dia no transporte público.
Milhões de paulistanos precisam percorrer enormes distâncias para ter acesso ao trabalho, à saúde, à cultura e ao esportes, entupindo as vias de circulação. Assim, no item mortes no trânsito, a diferença entre o melhor (Barra Funda) e o pior distrito (Marsilac) é de 32,2 vezes.
No item mortalidade infantil, a diferença é de 13 vezes (Cambuci e Jaguara); em gravidez na adolescência, de 24 vezes (Moema e Marsilac); e em homicídios, de 28,5 vezes (Barra Funda e Pinheiros são os melhores, o Brás é o pior).
A diferença entre a melhor (Capela do Socorro) e pior subprefeitura (Itaim Paulista) no item área verde por habitante é de 176,3 vezes. Na porcentagem de domicílios sem ligação com o esgoto, a diferença é de 44 vezes (Sé e Cidade Ademar).
Por que aquilo que se atingiu nos melhores distritos não pode ser atingido em todos?
Mais de 174 mil crianças, basicamente de famílias pobres, estão sem creche. No item analfabetismo, a diferença entre a melhor e pior subprefeitura é de 2,4 vezes. O abandono e a distorção entre a idade e a série são, respectivamente, 52 e 42 vezes menores no ensino privado do que no ensino público.
Educação de qualidade, fundamental para o acesso à cidadania e ao trabalho mais bem remunerado, é, portanto, privilégio da população de maior renda.
Não é por acaso que todas as grandes lideranças religiosas, sociais e humanas sempre lutaram pela justiça social.
Do ponto de vista ético, moral, social e econômico, não há nada mais insustentável, danoso, antiético, vergonhoso e degradante em uma sociedade do que a desigualdade. Ela está na origem de todos os problemas que afetam a qualidade de vida da população.
O quadro da desigualdade completo, com 91 indicadores, está disponível no site www.nossasaopaulo.org.br. Queremos que ele seja útil aos cidadãos na cobrança dos seus direitos e que ele sensibilize os candidatos nas eleições de 2012.
É necessário que eles elejam a justiça social como a prioridade dos seus programas (mesmo sabendo que as pessoas de menor renda não financiam campanhas eleitorais).
Do próximo prefeito, esperamos que o plano de metas que, por força de lei, ele deve apresentar 90 dias após a posse, tenha como eixo principal a redução das desigualdades.
ODED GRAJEW, 67, empresário, é coordenador-geral da secretaria executiva da Rede Nossa São Paulo e presidente emérito do Instituto Ethos. É idealizador do Fórum Social Mundial e integrante do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES)
Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. debates@uol.com.br

sábado

Prazeres da "melhor idade"

RUY CASTRO

RIO DE JANEIRO - 
A voz em Congonhas anunciou: "Clientes com necessidades especiais, crianças de colo, melhor idade, gestantes e portadores do cartão tal terão preferência etc.". Num rápido exercício intelectual, concluí que, não tendo necessidades especiais, nem sendo criança de colo, gestante ou portador do dito cartão, só me restava a "melhor idade" -algo entre os 60 anos e a morte.
Para os que ainda não chegaram a ela, "melhor idade" é quando você pensa duas vezes antes de se abaixar para pegar o lápis que deixou cair e, se ninguém estiver olhando, chuta-o para debaixo da mesa. Ou, tendo atravessado a rua fora da faixa, arrepende-se no meio do caminho porque o sinal abriu e agora terá de correr para salvar a vida. Ou quando o singelo ato de dar o laço no pé esquerdo do sapato equivale, segundo o João Ubaldo Ribeiro, a uma modalidade olímpica.
Privilégios da "melhor idade" são o ressecamento da pele, a osteoporose, as placas de gordura no coração, a pressão lembrando placar de basquete americano, a falência dos neurônios, as baixas de visão e audição, a falta de ar, a queda de cabelo, a tendência à obesidade e as disfunções sexuais. Ou seja, nós, da "melhor idade", estamos com tudo, e os demais podem ir lamber sabão.
Outra característica da "melhor idade" é a disponibilidade de seus membros para tomar as montanhas de Rivotril, Lexotan e Frontal que seus médicos lhes receitam e depois não conseguem retirar.
Outro dia, bem cedo, um jovem casal cruzou comigo no Leblon. Talvez vendo em mim um pterodáctilo da clássica boemia carioca, o rapaz perguntou: "Voltando da farra, Ruy?". Respondi, eufórico: "Que nada! Estou voltando da farmácia!". E esta, de fato, é uma grande vantagem da "melhor idade": você extrai prazer de qualquer lugar a que ainda consiga ir.

Coca Zero dá câncer? Veja o que dizem especialistas sobre textos que circulam na internet

Tatiana Pronin

Do UOL, em São Paulo
“Coca Zero dá câncer”. Vez ou outra você recebe um spam com esse título. Há alguns anos, circula pela internet o boato de que o refrigerante teria sido proibido nos EUA e que apenas países "subdesenvolvidos", como o Brasil, continuariam a vender esse "veneno negro". Alguns desses textos são assinados por supostos médicos e são recheados de links. Você até pode deletar o e-mail, mas fica com uma pulga atrás da orelha: será que faz mal?
Se existe uma resposta simples para a questão, ela pode ser resumida da seguinte forma: não existe estudo que comprove a relação entre refrigerantes light, diet ou zero e a incidência de câncer em humanos. O que não significa que a bebida possa ser consumida como água.
O grande “vilão” associado à Coca Zero é o ciclamato de sódio, adoçante que foi proibido pelo FDA (Food and Drug Administration, órgão regulador de alimentos e remédios nos EUA), mas é aprovado no Brasil e em vários outros países. Mais de 50, segundo a Coca-Cola, que dispõe em seu site uma área só para esclarecer “boatos e mitos” sobre seus produtos ( veja em http://www.cocacolabrasil.com.br/boatos_mitos.asp?inicio=1).
A Coca Zero vendida nos EUA (sim, ela não foi banida por lá) possui outros tipos de adoçantes em sua fórmula (como é possível consultar, em inglês, no endereço http://www.virtualvender.coca-cola.com/ft/index.jsp).
No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já recebeu tantos questionamentos que também decidiu divulgar, em 2009, um informe técnico (http://www.anvisa.gov.br/alimentos/informes/40_020609.htm) sobre o assunto. O texto explica como e quando começou toda a polêmica: em meados de 1970, quando um estudo demonstrou que a ingestão crônica de ciclamato aumentava a incidência de tumores de bexiga em ratos, levando o FDA a proibir a substância.
Outras pesquisas não comprovaram o risco, mas os EUA até hoje mantêm a proibição (para os críticos, isso é reflexo do “lobby do aspartame”). Uma pesquisa feita pelo Instituto Nacional de Câncer dos EUA, por exemplo, avaliou por 17 anos a ingestão por macacos de quantidades diárias (cinco vezes por semana) de ciclamato equivalentes às de 30 latas de refrigerante dietético. Nenhum dos animais contraiu câncer de bexiga, esclarece a Anvisa.
Em 1999, o ciclamato foi classificado pela Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (Iarc) como pertencente ao Grupo 3, isto é, não carcinogênico para humanos. Segundo a Iarc, “há evidência inadequada em animais de laboratório e em humanos para a carcinogenicidade de ciclamatos”.
Limites
O informe da Anvisa, no entanto, dedica muitas linhas aos valores de IDA (Ingestão Diária Aceitável). Descreve (para desespero dos hipocondríacos) que o ciclamato de sódio é transformado, no intestino, em cicloexilamina, derivado que pode apresentar efeitos adversos à saúde. A taxa de conversão varia de pessoa para pessoa e depende, entre outros fatores, da flora intestinal. Mais um motivo para que ninguém exceda os limites que, segundo os testes, são considerados seguros.
A última avaliação feita internacionalmente para o ciclamato estabeleceu a IDA em 11 mg/kg. Isso significa que um adulto de 70 kg pode consumir até 770 mg do adoçante por dia, o que equivale a 3 litros ou 8 latas.
Como ressalta Deise Baptista, professora do departamento de nutrição da Universidade Federal do Paraná, é difícil consumir tanto refrigerante. O problema é que o produto nem sempre é a única fonte de ciclamato da alimentação. Uma pessoa pode só tomar a bebida no almoço e no jantar, mas acaba excedendo o limite porque toma vários cafés com adoçante durante o dia e ainda consome algumas gelatinas diet.

A especialista, que também é chefe do departamento de nutrição da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), enfatiza que não há comprovação de que os adoçantes existentes no mercado causem câncer. Até porque é muito difícil analisar o consumo isolado na população que tem a doença. "As pessoas são expostas a radição, consomem corantes, cada uma tem uma condição...", explica.

Por tudo isso, o conselho para quem precisa consumir alimentos adoçados artificialmente é apostar na moderação. “A gente também recomenda alternar o tipo de adoçante, para evitar o efeito acumulativo”, acrescenta a professora.

Baptista lembra que muitos produtos diet, light ou zero, como os refrigerantes, contêm mais de um tipo de adoçante, estratégia adotada para se obter um sabor mais agradável. Cada 100 ml da Coca Zero brasileira, por exemplo, tem 27 mg de ciclamato de sódio, 15 mg de acesulfame de potássio e 12 mg de aspartame. Já a Coca Light Plus contém aspartame (24 mg) e acesulfame de potássio (13 mg).

Cada um dos adoçantes acima possui um índice de IDA (veja tabela aqui). E mesmo aqueles considerados mais seguros pelos especialistas, como a stévia e a sucralose, possuem limites que devem ser respeitados.

A professora ainda faz outro alerta: tanto o ciclamato quanto a sacarina contêm sódio e, portanto, devem ser consumidos por cuidado por quem sofre de pressão alta.

Aspartame

Na opinião do endocrinologista especializado em nutrologia Mohamad Barakat, o ciclamato ainda é melhor que o aspartame, substância que em estudos com animais também já foi associada a câncer e a doenças do sistema nervoso (você já deve ter recebido um spam sobre isso também). “Em altas temperaturas, o aspartame gera formaldeído, componente que prejudica a mielina, espécie de capa que protege os neurônios”, justifica o médico.

O limite de ingestão do aspartame, considerado seguro pelas autoridades, é de 40 mg/kg. Isso significa que uma pessoa com 60 kg pode consumir até 2.400 mg por dia, o que equivale, aproximadamente, a 4 litros de refrigerante adoçado apenas com essa substância. É bastante. Por isso, ao contrário de Barakat, Baptista garante que não há motivo para temer o aspartame. Contanto, é claro, que os limites sejam respeitados.
 

sexta-feira

Nono dígito garante 53 mi de novos números de celular em SP



DO VALOR
O presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), João Rezende, informou nesta sexta-feira que o acréscimo do nono dígito aos números de celulares da região metropolitana de São Paulo vai garantir 53 milhões de novas combinações numéricas.
A Anatel, em aviso divulgado hoje, explicou que os números de celulares da área de registro 11 receberão o dígito "9" à esquerda (9xxxx-xxxx), a partir de 29 de julho. Isso vai elevar a capacidade atual, de 37 milhões, para 90 milhões de números.
Hoje existem 32 milhões de números de celulares sendo utilizados na área de registro 11. As cerca de cinco milhões de combinações sem uso vai, segundo técnicos da agência reguladora, permitir o atendimento da demanda das empresas por apenas um ano.
O presidente da Anatel ressaltou que a região metropolitana de São Paulo representa o mercado "mais dinâmico" do país. O nono dígito, disse ele, deverá garantir maior "tranquilidade" para expansão do segmento de telefonia móvel.
Em média, segundo o presidente da Anatel, os 64 municípios afetados recebem 342 mil novos clientes a cada mês. "Agora, haverá um total de 90 milhões de números disponíveis para as prestadoras", informou.
O acréscimo do nono dígito passará por um período de transição que vai durar 90 dias. No início, serão aceitas ligações com oito dígitos, porém com uma mensagem de alerta.
Depois, haverá uma mensagem para quem não digitar o nono dígito, mas a ligação não será completada. Transcorridos os 90 dias da transição, nenhuma ligação para os celulares da região será completada se não tiver o nono dígito.
Rezende disse que o custo de implantação dessa medida foi estimado no ano passado em R$ 300 milhões. Essas despesas serão arcadas pelas empresas e ele garantiu que não haverá repasse do ônus aos consumidores.

FBI busca ferramenta para extrair dados de redes sociais

DA FRANCE-PRESSE

O FBI está buscando uma ferramenta que permita extrair pistas úteis para a agência de inteligência americana por meio das redes sociais na internet.
A agência perguntou a companhias de tecnologia da informação sobre a possibilidade de desenvolver um programa que "reforce suas técnicas para coletar e compartilhar informação de inteligência processável de 'fontes abertas'".
A solicitação foi publicada em um site, que oferecia a oportunidade de fazer negócios com o governo federal.
"As mídias sociais se tornaram uma fonte primária de inteligência porque se tornaram na primeira resposta a eventos-chave e de alerta primário em situações em desenvolvimento", afirmou a oferta da agência.
"Os analistas de inteligência utilizam as redes sociais para receber a primeira advertência de que uma crise ocorreu", admitiu.
Por isso, explicou, a ferramenta procurada "deve ter a capacidade de reunir rapidamente informação crucial de livre disponibilidade que permita identificar e localizar rapidamente eventos de destaque, incidentes e ameaças emergentes".

Homo sapiens Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Nota: Raça humana e humano redirecionam para este artigo. Para o conceito antropológico, vejaRaças humanas. para outros usos do termo, veja Humano (desambiguação).
Como ler uma caixa taxonómicaSer humano

Ocorrência: 0.2–0 MaPleistoceno - Recente
Desenho de um homem e uma mulher, conforme seriam vistos sem as vestimentas, Ilustração por Linda Salzman Sagan, utilizada emplacas levadas pelas naves Pioneer 10 e 11
Desenho de um homem e uma mulher, conforme seriam vistos sem as vestimentas,Ilustração por Linda Salzman Sagan, utilizada em
placas levadas pelas naves Pioneer 10 e 11

Estado de conservação
Classificação científica
Domínio:Eukaryota
Reino:Animalia
Subreino:Eumetazoa
Filo:Chordata
Subfilo:Vertebrata
Classe:Mammalia
Subclasse:Theria
Infraclasse:Eutheria
Ordem:Primates
Subordem:Haplorrhini
Infraordem:Simiiformes
Superfamília:Hominoidea
Família:Hominidae
Subfamília:Homininae
Género:Homo
Espécie:H. sapiens
Subespécie:H. s. sapiens

Nome binomial
Homo sapiens
Linnaeus, 1758

Subespécies
H. s. sapiens
† H. s. idaltu (disputada)
† H. s. neanderthalensis (disputada)
Sinónimos

ver notas [a]
Um humanoser humanopessoagente ou homem é umanimal membro da espécie de primata bípede Homo sapiens("homem sábio", em latim), pertencente ao género Homo,família Hominidae.[1][2] Os membros dessa espécie têm umcérebro altamente desenvolvido, com inúmeras capacidades como o raciocínio abstrato, a linguagem, a introspecção e aresolução de problemas. Esta capacidade mental, associada a um corpo ereto possibilitaram o uso dos braços para manipular objetos, fator que permitiu aos humanos a criação e a utilização de ferramentas para alterar o ambiente a sua volta mais do que qualquer outra espécie de ser vivo.
Evidências de DNA mitocondrial indicam que o homem moderno teve origem na África oriental há cerca de duzentos mil anos. Atualmente os seres humanos estão distribuídos em toda a Terra, principalmente nos continentes e ilhas doplaneta. No entanto, outros grupos de indivíduos estão voando em veículos particulares na atmosfera, outros viajando ao longo dos oceanos e até mesmo um pequeno número de indivíduos que vivem na órbita terrestre baixa. Apopulação humana na Terra, em abril de 2010, era superior a 6,8 bilhões de indivíduos.[3] Desde o surgimento dacivilização, os humanos são uma forma dominante de vida biológica, em termos de distribuição espacial e efeitos sobre a biosfera do planeta.
Como a maioria dos primatas superiores, os seres humanos são sociais por natureza, sendo particularmente hábeis em utilizar sistemas de comunicação, principalmente verbal,gestual e escrita para se expressar, trocar ideias e se organizar. Os humanos criaram complexas estruturas sociaiscompostas de muitos grupos cooperantes e concorrentes, defamílias até nações. As interações sociais entre os humanos criaram uma variedade extremamente grande de tradições,rituaisnormas sociais e éticasleis e valores, que em conjunto formam a base da sociedade humana. A cultura humana é marcada pelo apreço pela beleza e estética o que, combinado com o desejo de expressão, levou a inovações como a arte, a escrita, a literatura e a música.
Homo sapiens, como espécie, tem como característica o desejo de entender e influenciar o ambiente à sua volta, procurando explicar e manipular os fenômenos naturaisatravés da filosofia, artes, ciênciasmitologia e da religião. Esta curiosidade natural levou ao desenvolvimento deferramentas e habilidades avançadas. O ser humano é a única espécie conhecida capaz de criar o fogocozinhar seusalimentosvestir-se, além de utilizar várias outrastecnologias. Os humanos passam suas habilidades econhecimentos para as próximas gerações e, portanto, são considerados dependentes da cultura.

Índice

  [esconder

[editar]Terminologia

Em latimhumanus é a forma adjectival do nome homo, traduzido como Homem (para incluir machos e fêmeas).
Por vezes, em Filosofia, é mantida uma distinção entre as noções de ser humano (ou Homem) e depessoa. O primeiro refere-se à espécie biológica enquanto que o segundo refere-se a um agenteracional (ver, por exemplo, a obra de John LockeEnsaio sobre o Entendimento Humano II 27, e a obra de Immanuel KantIntrodução à Metafísica da Moral). Segundo a perspectiva de John Locke, a noção de pessoa passa a ser a de uma coleção de acções e operações mentais. O termo pessoa poderá assim ser utilizado para referir animais para além do Homem, para referir seres míticos, uma inteligência artificial ou um ser extraterrestre. Uma importante questão em Teologia e na Filosofia da religiãoconcerne em saber se Deus é uma pessoa.
No geral, a palavra pessoas é utilizada quando se quer referir a um grupo específico de indivíduos. No entanto, quando se quer referir a um grupo que possui semelhança étnicacultural ou de nacionalidade, utiliza-se o termo povo (exemplos: povo índiopovo falante de português).
macho juvenil desta espécie é denominado rapaz, (no Brasil, também podendo ser usado o termo "moço"). À fêmea juvenil dá-se o nome de rapariga, (no Brasil, esse termo pode ser considerado pejorativo, sendo mais usual o termo "moça"). O termo Homem, com inicial maiúscula, é geralmente utilizado para referir o conjunto de todos os seres humanos (em contraste com homem, o macho da espécie), tal como o termo humanidaderaça humana ou gênero humano. O termo humano é utilizado como sinónimo de ser humano. Como adjectivo, o termo humano tem significância neutra, mas poderá ser utilizado para enfatizar os aspectos positivos da natureza humana e ser sinónimo de benevolência (em contraposição com o termo inumano ou desumano).

[editar]História

[editar]Origem


Reconstrução doAustralopithecus afarensis, ancestral humano que desenvolveu o bipedalismo, mas que não tinha o grande cérebro do homem moderno.
O estudo científico da evolução humana engloba o desenvolvimento do gênero Homo, mas geralmente envolve o estudo de outros hominídeos ehomininaes, tais como o Australopithecus. O "homem moderno" é definido como membro da espécie Homo sapiens, sendo a única subespécie sobrevivente (Homo sapiens sapiens). O Homo sapiens idaltue o Homo neanderthalensis, além de outras subespécies conhecidas, foram extintos há milhares de anos.[4] O homo neanderthalensis, que se tornou extinto há 30 000 anos, tem sido ocasionalmente classificado como uma subespécie classificada como "Homo sapiens neanderthalensis", mas estudos genéticos sugerem uma divergência entre as espécies Neanderthal e Homo sapiens que ocorreu há cerca de 500 000 anos.[5] Da mesma forma, os poucos espécimes de Homo rhodesiensis são também classificados como uma subespécie de Homo sapiens, embora isso não seja amplamente aceito. Os humanos anatomicamente modernos têm seu primeiro registro fóssil na África, há cerca de 195 000 anos, e os estudos de biologia molecular dão provas de que o tempo aproximado da divergência ancestral comum de todas as populações humanas modernas é de 200 000 anos atrás.[6][7][8][9][10] O amplo estudo sobre a diversidade genética Africana chefiado pelo Dr. Sarah Tishkoff encontrou no povo San a maior expressão de diversidade genética entre as 113 populações distintas da amostra, tornando-os um de 14 "grupos ancestrais da população". A pesquisa também localizou a origem das migrações humanas modernas no sudeste da África ocidental, perto da orla costeira da Namíbia e de Angola.[11] A raça humana teria colonizado a Eurásia e a Oceania há 40 000 anos e as as Américas apenas há cerca de 10 000 anos.[12] A recente (2003) descoberta de outra subespécie diferente da atual Homo sapiens sapiens, o Homo sapiens idaltu, na África, reforça esta teoria, por representar um dos elos perdidos no conhecimento da nossa evolução..[13]
Os parentes vivos mais próximos dos seres humanos são os gorilas e os chimpanzés, mas os humanos não evoluíram a partir desses macacos: em vez disso, os seres humanos modernos compartilham com esses macacos um ancestral comum.[14] Os seres humanos são provavelmente os animais mais estreitamente relacionados com duas espécies de chimpanzés: o Chimpanzé-comum e o Bonobo.[14] O sequenciamento completo do genoma levou à conclusão de que "depois de 6,5 [milhões] de anos de evoluções distintas, as diferenças entre chimpanzés e humanos são dez vezes maiores do que entre duas pessoas independentes e dez vezes menores do que aquelas entre ratos e camundongos" . A concordância entre as sequencias do DNA humano e o do chimpanzé variam entre 95% e 99%.[15][16][17][18] Estima-se que a linhagem humana divergiu da dos chimpanzés há cerca de cinco milhões de anos atrás e da dos gorilas há cerca de oito milhões de anos. No entanto, um crânio dehominídeo descoberto no Chade, em 2001, classificado como Sahelanthropus tchadensis, possui cerca de sete milhões de anos, o que pode indicar uma divergência mais anterior.[19]
Mapa das primeiras migrações humanas, de acordo com análises efectuadas ao DNA mitocondrial (unidades: milênios até ao presente).
A perspectiva deste planisfério centra-se no pólo norte, para facilitar a compreensão das rotas das migrações.
evolução humana é caracterizada por uma série de importantes alterações morfológicas, de desenvolvimento, fisiológico e comportamental, que tiveram lugar desde que a separação entre o último ancestral comum de humanos e chimpanzés. A primeira grande alteração morfológica foi a evolução de uma forma de adaptação de locomoção arborícola ou semi-arborícola para uma forma de locomoção bípede,[20] com todas as suas adaptações decorrentes, tais como um joelho valgo, um índice intermembral baixo (pernas longas em relação aos braços), e redução da força superior do corpo.
Mais tarde, os humanos ancestrais desenvolveram umcérebro muito maior - normalmente de 1.400 cm³ em seres humanos modernos, mais de duas vezes o tamanho do cérebro de um chimpanzé ou gorila. O padrão de crescimento pós-natal do cérebro humano difere do de outros primatas (heterocronia) e permite longos períodos de aprendizagem social e aquisição da linguagem nos seres humanos juvenis.Antropólogos físicos argumentam que as diferenças entre a estrutura dos cérebros humanos e os dos outros macacos são ainda mais significativas do que as diferenças de tamanho.
Outras mudanças morfológicas significantes foram: a evolução de um poder de aderência e precisão;[21]um sistema mastigatório reduzido; a redução do dente canino; e a descida da laringe e do osso hióide, tornando a fala possível. Uma importante mudança fisiológica em humanos foi a evolução do estro oculto, ou ovulação oculta, o que pode ter coincidido com a evolução de importantes mudanças comportamentais, tais como a ligação em casais. Outra mudança significativa de comportamento foi o desenvolvimento da cultura material, com objetos feitos pelo homem cada vez mais comuns e diversificados ao longo do tempo. A relação entre todas estas mudanças é ainda tema de debate.[22][23]
As forças da seleção natural continuam a operar em populações humanas, com a evidência de que determinadas regiões do genoma exibiram seleção direcional nos últimos 15 000 anos.[24]

[editar]Paleolítico


expressão artística surgiu noPaleolítico Superior: A estatueta da Vênus de Dolní Věstonice é uma das primeiras representações conhecidas do corpo humano, datando de aproximadamente 29 000-25 000 anos AP.
Anatomicamente o homem moderno evoluiu do Homo sapiens arcaico naÁfrica durante o Paleolítico Médio, há cerca de 200 000 anos. Até o início doPaleolítico Superior, há cerca de 50 000 AP, o comportamento moderno, que inclui a linguagem, a música e outras expressões culturais universais, já tinham se desenvolvido.
O amplo estudo sobre a diversidade genética Africana chefiado pelo Dr. Sarah Tishkoff encontrou no povo San a maior expressão de diversidade genética entre as 113 populações distintas da amostra, tornando-os um de 14 "grupos ancestrais da população". A pesquisa também localizou a origem das migrações humanas modernas no sudeste da África ocidental, perto da orla costeira da Namíbia e de Angola.[11]
Estima-se que a migração para fora da África ocorreu há cerca de 70 000 anosAP. Os seres humanos modernos, posteriormente distribuídos por todos oscontinentes, substituíram os hominídeos anteriores. Eles habitaram a Eurásiae a Oceania há 40 000 AP e as Américas há pelo menos 14 500 anos AP.[25]Eles acabaram com o Homo neanderthalensis e com outras espécies descendentes do Homo erectus (que habitavam a Eurásia há 2 milhões de anos), através do seu maior sucesso na reprodução e na competição porrecursos.[26]
Evidências acumuladas da arqueogenética desde a década de 1990, deram forte apoio ao "Hipótese da origem única", e tem marginalizado a hipótese de competição multirregional, que propunha que os humanos modernos evoluíram, pelo menos em parte, de independentes de populações dehominídeos.[27]
Os geneticistas Lynn Jorde e Henry Harpending, da Universidade de Utah, propõem que a variação no DNA humano é minuta quando comparada com a de outras espécies. Eles também propõem que durante o Pleistoceno Superior, a população humana foi reduzida a um pequeno número de pares reprodutores - não maior de 10 000 e, possivelmente, não menor de 1 000 - resultando em um pool genético residual muito pequeno. Várias razões para esse gargalo hipotético têm sido postuladas, sendo uma delas a teoria da catástrofe de Toba.[28]

[editar]
Transição para a civilização

Há 10 000 anos, a maioria dos seres humanos viviam como caçadores-coletores, em pequenos gruposnômades. O advento da agricultura levou a Revolução Neolítica, quando o acesso a grande quantidade de alimentos levou à formação de assentamentos humanos permanentes, a domesticação dos animais e a utilização de instrumentos metálicos. A agricultura incentivou o comércio e a cooperação, resultando em sociedades complexas. Devido à importância desta época para o surgimento das civilizações humanas, essa era ficou conhecida como "Era dos Humanos".
O surgimento da agricultura e a domesticaçãode animais resultou em assentamentos humanos estáveis.
Há cerca de 6.000 anos, os primeiros proto-estados desenvolveram-se na Mesopotâmia, no Saara/Nilo e noVale do IndoForças militares foram formadas para a proteção das sociedades e burocracias governamentais foram criadas para facilitar a administração dos estados. Os estados colaboraram e concorreram entre si em busca de recursos e, em alguns casos, travaramguerras. Entre 2.000 e 3.000 anos atrás, alguns estados, como a Pérsia, a Índia, a China, o Império Romano e a Grécia, desenvolveram-se e expandiram seus domínios através da conquista de outros povos.Religiões influentes, como o judaísmo, originário doOriente Médio, e o hinduísmo, uma tradição religiosa que se originou no Sul da Ásia, também aumentaram de importância neste momento.
No final da Idade Média ocorre o surgimento de ideias e tecnologias revolucionárias. Na China, uma avançada e urbanizada sociedade promoveu inovações tecnológicas, como a impressão. Durante a "Era de Ouro do Islamismo" ocorreram grandes avanços científicos nos impérios muçulmanos. NaEuropa, a redescoberta das aprendizagens e invenções da Era clássica, como a imprensa, levou aoRenascimento no século XIV. Nos 500 anos seguintes, a exploração e o colonialismo deixaram asAméricas, a Ásia e a África sob o domínio europeu, levando à posteriores lutas por independência. ARevolução Científica no século XVII e a Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX promoveram importantes inovações no setor dos transportes (transporte ferroviário e o automóvel), no desenvolvimento energético (carvão e a electricidade) e avanços nas formas de governo (democracia representativa e o comunismo).
Com o advento da Era da Informação, no final do século XX, os humanos modernos passaram a viver em um mundo que se torna cada vez mais globalizado e interligado. Em 2008, cerca de 1,4 bilhões de seres humanos estavam ligados uns aos outros através da Internet,[29] e 3,3 bilhões pelo telefone celular.[30]
Embora a interligação entre os seres humanos tenha estimulado o crescimento das ciências, das artese da tecnologia, ocorreram também confrontos culturais, o desenvolvimento e a utilização de armas de destruição em massa e o aumento da poluição e da destruição ambiental, que além de afetarem a própria sociedade humana, afetaram todas as outras formas vida no planeta.

[editar]Habitat e população


Os seres humanos muitas vezes vivem emfamília criando complexas estruturas sociais e abrigos artificiais.
Os primeiros assentamentos humanos eram dependentes da proximidade de água e, dependendo doestilo de vida daquele grupo, outros recursos naturais, tais como terras aráveis, para a prática da agricultura e criação de animais herbívoros, e presença de populações de animais selvagens para a caça. No entanto, graças a grande capacidade dos seres humanos de alterar o seu próprio habitat através de métodos como a irrigação, o planejamento urbano, aconstrução de abrigos, o transportes de suprimentos e pessoas, a fabricação de mercadorias, a agricultura e apecuária, a proximidade de assentamentos humanos a fontes de recursos naturais tornou-se desnecessária e, em muitos lugares, esse fator já não é uma força motriz no crescimento ou declínio de uma população. A maneira pela qual um habitat é alterado muitas vezes é fator determinante na evolução demográfica humana.
tecnologia permitiu ao homem colonizar todos os continentes e adaptar-se a praticamente todos osclimas. Nas últimas décadas, os seres humanos têm explorado a Antártida, as profundezas dosoceanos e o espaço exterior, embora a longo prazo a colonização desses ambientes ainda seja inviável. Com uma população de mais de seis bilhões de indivíduos, os seres humanos estão entre os mais numerosos grandes mamíferos do planeta. A maioria dos seres humanos (61%) vive na Ásia. O restante vive nas Américas (14%), na África (14%), na Europa (11%) e na Oceania (0,5%).
A habitação humana em sistemas ecológicos fechados e em ambientes hostis, como a Antártida e o espaço exterior, é cara, normalmente limitada no que diz respeito ao tempo e restrita a avanços e expedições científicas, militares e industriais. A vida no espaço tem sido muito esporádica, com não mais do que treze pessoas vivendo no espaço por vez. Entre 1969 e 1972, duas pessoas de cada vez estiveram na Lua. Desde a conquista da Lua, nenhum outro corpo celeste foi visitado por seres humanos, embora tenha havido uma contínua presença humana no espaço desde o lançamento da primeira tripulação a habitar a Estação Espacial Internacional, em 31 de outubro de 2000. No entanto, outros corpos celestes foram visitados por objetos criados pelo ser humano.

Em 2004 39,7% dos seres humanos viviam em aglomerações urbanas denominadas cidades. Na fotografia, uma imagem de satélite da Terra à noite, mostrando todos os pontos luminosos formados pelas cidades.
Desde 1800, a população humana aumentou de um bilhão a mais de seis bilhões de indivíduos.[31] Em 2004, cerca de 2,5 bilhões do total de 6,3 bilhões de pessoas (39,7%) residiam em áreas urbanas, e estima-se que esse percentual continue a aumentar durante o século XXI. Em Fevereiro de2008, a Organização das Nações Unidas estimou que metade da população mundial viveria em zonas urbanas até ao final daquele ano.[32]Existem muitos problemas para os seres humanos que vivem em cidadescomo a poluição e a criminalidade,[33]especialmente nos centros e favelas de cada cidade. Entre os benefícios da vida urbana incluem o aumento da alfabetização, acesso à global ao conhecimento humano e diminuição da suscetibilidade para o desenvolvimento da fome.
Os seres humanos tiveram um efeito dramático sobre o ambiente. A atividade humana tem contribuído para a extinção de inúmeras espécies de seres vivos. Como atualmente os seres humanos raramente são predados, eles têm sido descritos como superpredadores.[34] Atualmente, através da urbanização e da poluição, os humanos são os principais responsáveis pelas alterações climáticas globais.[35] A espécie humana é tida como a principal causadora da extinção em massa do Holoceno, uma extinção em massa, que, se continuar ao ritmo atual, poderá acabar com metade de todas as espécies ao longo do próximo século.[36][37]

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Biologia

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Anatomia e Fisiologia

Características anatômicas básicas de seres humanos do sexo masculino e feminino (legendas em inglês).
Os tipos de corpo humano variam substancialmente. Embora o tamanho do corpo seja largamente determinado pelos genes, é também significativamente influenciado por fatores ambientais, como dieta eexercício. A altura média de um ser humano adulto é de cerca de 1,5 a 1,8 metro de altura, embora varie consideravelmente de lugar para lugar.[38][39] A massa média de um homem adulto é varia entre 76–83 kg e 54–64 kg para mulheres adultas.[40] O peso também pode variar muito (obesidade, por exemplo). Diferentemente da maioria dos outros primatas, os seres humanos são totalmente capazes de realizar alocomoção bípede, deixando os braços disponíveis para manipular objetos usando as mãos, auxiliados principalmente por polegares opositores.
Embora os seres humanos aparentem ter menos pêlosem comparação com outros primatas, com o crescimento notável de pêlos ocorrendo principalmente no topo da cabeçaaxilas e região pubiana, o homem médio tem mais folículos pilosos em seu corpo do que um chimpanzé médio. A principal diferença é que os pêlos humanos são mais curtos, mais finos e com menos pigmentação do que os pêlos do chimpanzé médio, tornando-os mais difícil de serem vistos.[41]
tonalidade da pele humana e do cabelo é determinada pela presença de pigmentos chamadosmelaninas. As tonalidades de pele humana pode variar do marrom muito escuro até o rosa muito pálido. A cor do cabelo humano varia do branco, ao marrom, ao vermelho, ao amarelo e ao preto, a tonalidade mais comum.[42] Isso depende da quantidade de melanina (um pigmento eficaz no bloqueio do sol) napele e no cabelo, com as concentrações de melanina diminuindo no cabelo com o aumento da idade, levando ao cinza ou, até mesmo, aos cabelos brancos. A maioria dos pesquisadores acredita que o escurecimento da pele foi uma adaptação evolutiva como uma forma de proteção contra a radiação solar ultravioleta. No entanto, mais recentemente, tem sido alegado que as cores de pele, são uma adaptação do equilíbrio de ácido fólico, que é destruído pela radiação ultravioleta, e de vitamina D, que requer luz solar para se formar.[43] A pigmentação da pele do homem contemporâneo está geograficamente estratificada e em geral, se correlaciona com o nível de radiação ultravioleta. A pele humana também tem a capacidade de escurecer (bronzeamento) em resposta à exposição à radiação ultravioleta.[44][45] Os seres humanos tendem a ser fisicamente mais fracos do que outros primatas de tamanhos semelhantes, com os jovens, condicionado os seres humanos do sexo masculino a terem se mostrado incapazes de combinar com a força de orangotangos fêmeas, que são pelo menos três vezes mais fortes.[46]
Constituintes do corpo humano
Em uma pessoa que pesa 60 kg
ConstituintePeso[47]Porcentagem de átomos[47]
Oxigênio38,8 kg25,5%
Carbono10,9 kg9,5%
Hidrogênio6,0 kg63,0%
Nitrogênio1,9 kg1,4%
Outros2,4 kg0,6%
Os seres humanos têm palatos proporcionalmente mais curtos e dentes muito menores do que os de outros primatas e são os únicos primatas com osdentes caninos mais curtos. Têm caracteristicamente dentes cheios, com falhas de dentes perdidos geralmente fechando-se rapidamente em espécimes jovens e gradualmente perdem seus dentes do siso, tendo algumas pessoas, congenitamente, sua ausência natural.[48]

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Fisiologia

fisiologia humana é a ciência das funções mecânicas, físicas e bioquímicas dos seres humanos, em boa saúde, e do que seus órgãos e células são compostos. O principal foco da fisiologia é ao nível dos órgãos e sistemas. A maioria dos aspectos da fisiologia humana estão intimamente homólogos correspondente aos aspectos da fisiologia dos outros animais e a experimentação com animais de outras espécies tem proporcionado grande parte da base do conhecimento fisiológico. A anatomia e afisiologia estão estreitamente relacionadas com as áreas de estudo: anatomia, o estudo da forma e fisiologia, o estudo da função, estão intrinsecamente vinculados e são estudados em conjunto como parte de um currículo médico.

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Genética

Homem Vitruviano, de Leonardo da Vincirepresenta a simetria essencial do corpo humano.
Os seres humanos são uma espécie eucariótica. Cada célula diplóide tem dois conjuntos de 23 cromossomos, cada conjunto recebido de um dos pais. Há 22 pares deautossomos e um par de cromossomos sexuais. Pelas estimativas atuais, os seres humanos têm aproximadamente 20.000-25.000 genes.[49] Assim como outros mamíferos, os humanos têm um sistema XY de determinação do sexo, de modo que as fêmeas têm cromossomos sexuais XX e osmachos têm XY. O cromossomo X não carrega muitos genes no cromossomo Y, o que significa que as doenças recessivasassociadas com genes ligados ao X, como a hemofilia, afeta mais os homens do que as mulheres.

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Ciclo de vida

Embrião humano de 10 mm na quinta semana de gestação.
ciclo de vidahumano é semelhante ao de outros mamíferosplacentários. O zigoto divide-se dentro do útero da mulher para se tornar um embrião, que, ao longo de um período de trinta e oito semanas (9 meses) de gestação se torna um fetohumano. Após este intervalo de tempo, o feto é totalmente criado fora do corpo da mulher e respira autonomamente como um bebê pela primeira vez. Neste ponto, a maioria dasculturas modernas reconhecem o bebê como uma pessoa com direito à plena proteção da lei, embora algumas jurisdições de diferentes níveis alterem esse padrão, reconhecendo os fetos humanos enquanto eles ainda estão no útero.
Em comparação com outras espécies, o parto humano é perigoso. Partos de duração de vinte e quatro horas ou mais não são raros e muitas vezes levam à morte da mãe, da criança ou de ambos.[50] Isto ocorre porque, tanto pela circunferência da cabeça fetal relativamente grande (para a habitação do cérebro) quanto pela cavidade pélvica relativamente pequena da mãe (uma característica necessária para o sucesso do bipedalismo, por meio da seleção natural).[51][52] As chances de um bom trabalho de parto aumentaram significativamente durante oséculo XX nos países mais ricos com o advento de novas tecnologias médicas. Em contraste, a gravidez e o parto normal permanecem perigosos nas regiões subdesenvolvidas e em desenvolvimentodo mundo, com taxas de mortalidade materna aproximadamente 100 vezes maiores do que nos países desenvolvidos.[53]
Nos países desenvolvidos, as crianças normalmente pesam de 3 a 4 kg e medem de 50 a 60 cm no nascimento.[54] No entanto, o baixo peso ao nascer é comum nos países em desenvolvimento e contribui para os altos níveis de mortalidade infantil nestas regiões.[55] Indefesos ao nascimento, os seres humanos continuam a crescer durante alguns anos, geralmente atingindo a maturidade sexual entre 12 e 15 anos de idade. Mulheres continuam a desenvolver fisicamente até cerca dos 18 anos, o desenvolvimento masculino continua até os 21 anos. A vida humana pode ser dividido em várias fases:infânciaadolescência, vida adulta jovem, idade adulta e velhice. A duração destas fases, no entanto, têm variado em diferentes culturas e períodos. Comparado com outros primatas, os corpos dos seres humanos desenvolvem-se extraordinariamente rápido durante a adolescência, quando o corpo cresce 25% no tamanho. Chimpanzés, por exemplo, crescem apenas 14%.[56]
Existem diferenças significativas em termos de esperança de vida ao redor do mundo. O mundo desenvolvido é geralmente envelhecido, com uma idade média em torno de 40 anos (a mais elevada é em Mônaco - 45,1 anos). No mundo em desenvolvimento é a idade média fica entre 15 e 20 anos. Aesperança de vida ao nascer em Hong Kong é de 84,8 anos para a mulher e 78,9 para o homem, enquanto na Suazilândia, principalmente por causa da AIDS, é 31,3 anos para ambos os sexos.[57]Enquanto um em cada cinco europeus tem 60 anos de idade ou mais, apenas um em cada vinteafricanos tem de 60 anos de idade ou mais.[58] O número de centenários (pessoas com idade de 100 anos ou mais) no mundo foi estimado pela Organização das Nações Unidas em 210 000 indivíduos em2002.[59] Apenas uma pessoa, Jeanne Calment, é conhecida por ter atingido a idade de 122 anos; idades mais elevadas foram registradas, mas elas não estão bem fundamentadas. Mundialmente, existem 81 homens com 60 anos ou mais para cada 100 mulheres da mesma faixa etária, e entre os mais velhos, há 53 homens para cada 100 mulheres.


Os seres humanos são os únicos que experimentam a menopausa em alguma parte da vida. Acredita-se que a menopausa surgiu devido à "hipótese da avó", em que ocorre o interesse da mãe em renunciar aos riscos de morte durante outros partos para, em troca, investir na viabilidade dos filhos já nascidos.[60]
As questões filosóficas de quando começa a morte são o tema de um longo debate. A consciência de sua própria mortalidade causa medo na maioria dos seres humanos, medo esse distinto da consciência de uma ameaça imediata. Cerimônias de sepultamento são características das sociedades humanas, muitas vezes acompanhada na crença de vida após a morte.

[editar]Dieta


Dieta vegetariana típica na alimentação humana.
Por centenas de milhares de anos o Homo sapiens empregou (e algumas tribos que ainda dependem) um método decaçadores-coletores como o seu principal meio de obter alimentos, combinando e envolvendo fontes estacionárias de alimentos (tais como frutascereaistubérculos e cogumelos,larvas de insetos e moluscos aquáticos), com a caça de animais selvagens, que devem ser caçados e mortos, para serem consumidos. Acredita-se que os seres humanos têm utilizado o fogo para preparar e cozinhar alimentos antes de comer desde o momento da sua divergência do Homo erectus.
Os seres humanos são onívoros, capazes de consumir tanto produtos vegetais como produtos animais. Com as diferentes fontes de alimentos disponíveis nas regiões de habitação e também com diferentes normas culturais e religiosas, grupos humanos adotaram uma gama de dietas, principalmente a partir do puramente vegetariano para o carnívoro. Em alguns casos, restrições alimentares em levam à deficiências que podem acabar em doenças, porém, grupos estáveis de humanos se adaptaram aos vários padrões dietéticos, através especialização genética e convenções culturais para utilizar fontes alimentares nutricionalmente equilibradas.[61] A dieta humana é proeminentemente refletida na cultura humana e levou ao desenvolvimento da ciência dos alimentos.
Em geral, os seres humanos podem sobreviver por duas a oito semanas sem alimentos, em função dagordura corporal armazenada. A sobrevivência sem água é geralmente limitada a três ou quatro dias. A falta de comida continua a ser um problema grave, com cerca de 300 000 pessoas a morrendo de fome a cada ano.[62] A desnutrição infantil também é comum e contribui para o número de mortos.[63] No entanto a distribuição alimentar global não é equilibrada, a obesidade atinge algumas populações humanas chegando a proporções epidêmicas, levando a complicações de saúde e aumento da mortalidade em alguns países desenvolvidos e em desenvolvimento. O Centers for Disease Control and Prevention (CDC) dos Estados Unidos indica que 32% dos adultos americanos com idades superiores a 20 anos são obesos, enquanto 66,5% são obesos ou com sobrepeso. A obesidade é causada por consumir mais calorias do que os gastos do corpo, muitos atribuem o ganho de peso excessivo a uma combinação de excessos alimentares e exercícios físicos insuficientes.
Há pelo menos dez mil anos, os humanos desenvolveram a agricultura,[64] que alterou substancialmente o tipo de alimentos que as pessoas comiam. Isto levou a um aumento da população, o desenvolvimento das cidades, e em virtude do aumento da densidade populacional, a maior propagação de doenças infecciosas. Os tipos de alimentos consumidos, bem como a forma em que são preparados, tem variado muito, através do tempo, localização e da cultura.

[editar]Psicologia


Secção de um crânio humano mostrando o interior do cérebro.
cérebro humano é o centro do sistema nervoso central e atua como o principal centro de controle para o sistema nervoso periférico. O cérebro controla atividades autonômas involutárias, como a respiração e a digestão, assim como atividades conscientes, como o pensamento, o raciocínio e aabstração.[65] Estes processos cognitivos constituem amente, e, juntamente com suas consequências comportamentais, são estudadas no campo da psicologia.
O cérebro humano é considerado o mais "inteligente" e capazcérebro da natureza, superando o de qualquer outra espécie conhecida. Enquanto muitos animais são capazes de criarestruturas utilizando ferramentas simples, principalmente através do instinto e do mimetismo, a tecnologia humana é muito mais complexa e está constantemente evoluindo e melhorando ao longo do tempo. Mesmo as mais antigas estruturas e ferramentas criadas pelos humanos são muito mais avançadas do que qualquer outra estrutura ou ferramenta criada por qualquer outro animal.[66]
Embora as habilidades cognitivas humanas sejam muito mais avançadas do que as de qualquer outra espécie, a maioria destas habilidades podem ser observadas em sua forma primitiva no comportamento de outros seres vivos. A antropologia moderna sustenta a proposição de Darwin de que "a diferença entre a mente de um homem e a de animais evoluídos, grande como é, é certamente uma diferença de grau e não de tipo".[67]

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Consciência e pensamento

Os seres humanos são apenas uma dos nove espécies que passam no teste do espelho — que testa se um animal reconhece sua reflexão como uma imagem de si mesmo — juntamente com todos osgrandes macacos (gorilaschimpanzésorangotangosbonobos), golfinhoselefantes asiáticosPega-rabudas e Orcas.[68] A maioria das crianças humanas passam no teste do espelho com 18 meses de idade.[69] No entanto, a utilidade deste teste como um verdadeiro teste de consciência tem sido contestada, e esta pode ser uma questão de grau, em vez de uma divisão nítida. Macacos foram treinados para aplicar as regras de resumo em tarefas.[70]
O cérebro humano percebe o mundo externo através dos sentidos e cada indivíduo humano é muito influenciado pelas suas experiências, levando a visões subjetivas da existência e da passagem dotempo. Os seres humanos possuem a consciência, a auto-consciência e uma mente, que correspondem aproximadamente aos processos mentais de pensamento. Estes são ditos de possuir qualidades tais como a auto-consciência, sensibilidadesapiência e a capacidade de perceber a relação entre si e o meio ambiente. A medida como a mente constrói ou experiência o mundo exterior é um assunto de debate, assim como as definições e validade de muitos dos termos usados acima. O filósofoda ciência cognitiva Daniel Dennett, por exemplo, argumenta que não existe tal coisa como um centro narrativo chamado de "mente", mas que em vez disso, é simplesmente um conjunto de entradas e saídas sensoriais: diferentes tipos de '"softwares"' paralelos em execução.[71] O psicólogo B. F. Skinnerargumenta que a mente é uma ficção de motivos que desvia a atenção das causas ambientais do comportamento[72] e o que são comumente vistos como processos mentais podem ser melhor concebidos como formas de comportamento verbal encoberto.[73][74]
Representação gráfica da consciência no século XVII.
O estudo humano que observa mais os aspectos físicos da mente e do cérebro e por extensão do sistema nervoso, entra no campo da neurologia, os aspectos mais comportamentais entram no campo da psicologia, e uma área às vezes vagamente definida entre no campo da psiquiatria, que tratadoenças mentais e distúrbios comportamentais. A psicologia não se refere necessariamente ao cérebro ou ao sistema nervoso e pode ser enquadrada no plano puramentefenomenológico ou teorias de processamento de informações da mente. Cada vez mais, no entanto, um entendimento das funções cerebrais está sendo incluído na teoria psicológica e prática, especialmente em áreas como a inteligência artificial,neuropsicologia e neurociência cognitiva.
A natureza do pensamento é fundamental para a psicologia e áreas afins. A Psicologia Cognitiva é o estudo da cognição, o comportamento dos processos mentais subjacentes. Ele usa o processamento de informação como um quadro para a compreensão da mente. Percepção, aprendizagem, resolução de problemas, memória, atenção, linguagem e emoção são todas áreas bem estudadas também. A psicologia cognitiva é associada com uma escola de pensamento conhecida como cognitivismo, cujos adeptos defendem um modelo de processamento de informação da função mental, informado pelopositivismo e pela psicologia experimental. Técnicas e modelos da psicologia cognitiva são amplamente aplicados e formam a base das teorias psicológicas em muitas áreas de pesquisa e psicologia aplicada. Em grande parte com foco no desenvolvimento da mente humana através da esperança de vida, apsicologia do desenvolvimento procura compreender como as pessoas chegam a perceber, entender e agir no mundo e como estes processos mudam com a idade. Isto pode incidir no desenvolvimento intelectual, cognitivo, neural, social ou moral.
Alguns filósofos dividem a consciência em consciência fenomenal, que é a própria experiência, e consciência de acesso, que é a transformação das coisas em experiência.[75] A consciência fenomenal é o estado de ser consciente, como quando dizem: "Estou consciente". A consciência de acesso é a consciência de algo em relação a conceitos abstratos, como quando alguém diz: "Eu estou consciente destas palavras." Várias formas de acesso à consciência incluiem a sensibilização, auto-percepção, consciência, fluxo de consciência, a fenomenologia de Husserl e a intencionalidade. O conceito de consciência fenomenal, na história moderna, segundo alguns, está intimamente relacionado com o conceito de qualia. A psicologia social une a sociologia com a psicologia, em seu estudo comum da natureza e as causas da interação social humana, com ênfase em como as pessoas pensam em relação uns aos outros e como elas se relacionam entre si. O comportamento e os processos mentais, tanto humanos como não-humanos, podem ser descritos através de cognição animaletologia,psicologia evolucionista e da psicologia comparativa. A ecologia humana é uma disciplina acadêmicaque investiga como os seres humanos e as sociedades humanas interagem com o ambiente natural e o seu ambiente social humano.

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Motivação e emoção

Litografia de Vincent van Goghrepresentando uma emoção depressiva oumelancolia, 1882.
motivação é a força motriz por trás do desejo de todas as ações deliberadas dos seres humanos. A motivação é baseada em emoções, especificamente, na busca desatisfação (experiências emocionais positivas), e à prevenção de conflitos. Positivo e negativo são definidos pelo estado individual do cérebro, que pode ser influenciado por normas sociais: uma pessoa pode ser levada a auto-agressão ouviolência, porque seu cérebro está condicionado a criar uma resposta positiva a essas ações. A motivação é importante porque está envolvida no desempenho de todas as respostas aprendidas. Dentro da psicologia, a prevenção de conflitos e a libido são vistas como motivadores primários. Dentro daeconomia, a motivação é muitas vezes vista por basear-se em incentivos, estes podem ser de ordem financeiramoralou coercitiva. As religiões, em geral, colocam influências divinas ou demoníacas.
felicidade, ou o estado de ser feliz, é uma condição humana emocional. A definição de felicidade é um temafilosófico comum. Algumas pessoas podem definir-se como a melhor condição que um ser humano pode ter, uma condição de saúde física e mental. Outros a definem como a liberdade de carência e angústia, a consciência da boa ordem das coisas, a garantia de um lugar no universo ou na sociedade.
emoção tem uma significante influência, podemos dizer que serve até mesmo para controlar o comportamento humano, porém historicamente muitas culturas e filósofos, por diversas razões tem desencorajado essa influência por não ser checável. As experiências emocionais percebidas como agradáveis, como o amor, a admiração e a alegria, contrastando com aquelas percebidas como desagradáveis, como o ódio, a inveja ou a tristeza. Há muitas vezes uma distinção entre emoções refinadas, que são socialmente aprendidas, e emoções orientadas sobreviventes, que são pensa-se serem inatas. A exploração das emoções humanas como separada de outros fenômenos neurológicos é digno de nota, especialmente em culturas onde a emoção é considerada separada do estado fisiológico. Em algumas teorias culturais médicas, a emoção médica é considerada tão sinônimo de certas formas de saúde física que não há nenhuma diferença entre as duas. Os estóicos acreditavam que a emoção excessiva é prejudicial, enquanto alguns professores Sufi achavam que certas emoções extremas poderiam render uma perfeição conceitual, o que é frequentemente traduzido como o êxtase.
No pensamento científico moderno, algumas emoções refinadas consideradas um traço complexo neural inato em uma variedade de mamíferos domesticados e não domesticados. Estas normalmente foram desenvolvidas em reacção a mecanismos de sobrevivência superior e inteligentes de interação entre si e o ambiente; como tal, não é em todos os casos distinta e separada da função neural natural como foi uma vez assumida a emoção refinada. No entanto, quando seres humanos vivem de formacivilizada, verificou-se que a ação desinibida em extrema emoção pode levar à desordem social e àcriminalidade.

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Sexualidade e amor

Alegoria do Triunfo de Vênus, de Agnolo Bronzino.
sexualidade humana, além de garantir a reproduçãobiológica, tem importante função social: ele cria intimidade física, títulos e hierarquias entre os indivíduos, podendo ser direcionada para a transcendência espiritual (de acordo com algumas tradições); e com um sentido hedonista de gozar de atividade sexual envolvendo gratificação. O desejo sexual, oulibido, é sentido como um desejo do corpo, muitas vezes acompanhada de fortes emoções como o amor, o êxtase e ociúme. A extrema importância da sexualidade na espécie humana pode ser vista em uma série de características físicas, entre elas a ovulação oculta, a evolução do escroto e do pênis na área externa do corpo, sugerindo competição doesperma, a ausência de um báculo permanente,características sexuais secundárias, a formação de casais baseado na atração sexual como uma estrutura social comum e a capacidade sexual das mulheres fora da ovulação. Estas adaptações indicam que a importância da sexualidade no ser humano é semelhante com a encontrado no Bonobo e que o comportamento sexual humano complexo tem uma longa história evolutiva.
Escolhas humanas em agir sobre a sexualidade são normalmente influenciadas por normas culturais, que variam de forma muito ampla. As restrições são muitas vezes determinadas por crenças religiosas ou costumes sociais. O pesquisador pioneiro Sigmund Freud acreditava que os seres humanos nascempolimorficamente perversos, o que significa que qualquer número de objetos pode ser uma fonte de prazer. Segundo Freud, os seres humanos, em seguida, passam por cinco fases de desenvolvimento psicossexual (e podem fixar-se em qualquer fase por causa de traumas diversos durante o processo). Para Alfred Kinsey, outro influente pesquisador do sexo, as pessoas podem cair em qualquer lugar ao longo de uma escala contínua de orientação sexual (com apenas pequenas minorias totalmenteheterossexual ou totalmente homossexual). Estudos recentes da neurologia e da genética sugerem que as pessoas podem nascer com uma predisposição para uma determinada orientação sexual ou outra.[76][77]

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Cultura

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Estatísticas da sociedade humana
População mundial6,8 bilhões (Estimativa de 20 de novembro de 2009)
Densidade populacional12,7 por km² pela área total
43,6 por km² por área de terra
MaioresaglomeraçõesTóquioSão Paulo , Rio de Janeiro , Seul,Cidade do MéxicoNova YorkLagos,BombaimJacartaDeli,Osaka-Kōbe-KyotoXangaiManilaHong Kong-ShenzhenLos AngelesCalcutá,MoscouCairoBuenos AiresParis,LondresTaipeiPequimCarachiDaca
Idiomas com mais de 100 milhões de falantes[78]Mandarim: 1120 milhões
Inglês: 510 milhões
Hindi: 490 milhões
Espanhol: 425 milhões
Árabe: 255 milhões
Russo: 254 milhões
Português: 218 milhões
Bengali: 215 milhões
Indonésio: 230 milhões
Malaio: 176 milhões
Francês: 130 milhões
Japonesa: 127 milhões
Alemão: 123 milhões
Persa: 110 milhões
Urdu: 104 milhões
Punjabi: 103 milhões
Moedas
PIB (nominal)$36.356.240 milhões USD
($5.797 USD per capita)
PIB (PPC)$51.656.251 milhões IND
($8.236 per capita)
Cultura é definida como um conjunto de distintos materiais, intelectual, emocional, espiritual e características de um grupo social, incluindo arte,literaturaesporte, estilos de vida, sistemas de valores, tradiçõesrituais e crenças. A ligação entre a biologia, o comportamento humano e a cultura humana é muitas vezes muito próxima, tornando difícil a clara divisão de temas em uma área ou outra, como tal, a colocação de alguns assuntos pode ser baseada principalmente em convenção. A cultura é constituída por valores,normas sociais e artefatos. Os valores de uma cultura definem o que tem de ser importante ou ético para uma sociedade. Intimamente ligada são normas, as expectativas de como as pessoas devem se comportar, obrigadas pela tradição. Artefatos, ou a cultura material, são objetos derivados a partir dos valores da cultura, normas e compreensão do mundo.

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Linguagem

A capacidade que os seres humanos têm de transferir conceitos e ideias através da fala e daescrita é incomparável com qualquer outra espécie conhecida. Ao contrário dos sistemas de chamada de outros primatas que são fechados, a linguagem humana é muito mais aberta e ganha diversidade em diferentes situações. A linguagem humana tem a qualidade de deslocamento, usando palavras que representam coisas e acontecimentos que não estão atualmente ou localmente ocorrendo, mas em outro lugar ou em um horário diferente.[48] Desta forma, as redes de dados são importantes para o contínuo desenvolvimento da linguagem. A faculdade de expressão é uma característica definidora dahumanidade, possivelmente anterior a separaçãofilogenética da população moderna. A linguagem é fundamental para a comunicação entre os seres humanos, além de ser central para o senso de identidade que une as naçõesculturas e grupos étnicos. A invenção dos sistemas de escrita, pelo menos, há 5 000 anos permitiu a preservação da língua sobre os objetos materiais e foi um passo importante na evolução cultural. A ciência dalinguística descreve a estrutura da linguagem e a relação entre as línguas. Há aproximadamente 6 000 línguas diferentes em uso atualmente, incluindo línguas de sinais e muitas milhares mais que são consideradas extintas.

[editar]Espiritualidade e religião


Uma igreja católica ao lado de umamesquita no Líbano. As sociedades humanas são extremamente diversas religiosamente.
religião é geralmente definida como um sistema de crençassobre os códigos de sobrenaturalsagrado ou divino, ecódigos morais, práticas, valores, instituições e rituais associados a essa crença. A evolução e a história das primeiras religiões recentemente se tornaram áreas de pesquisa científica ativa.[79][80][81] No entanto, no decurso do seu desenvolvimento, a religião tem tomado diversas formas que variam de acordo com a cultura e a perspectiva individual. Alguns dos principais questionamentos religiosos incluem a vida após a morte (geralmente envolvendo a crença na vida após a morte), a origem da vida, a natureza do universo (cosmologia religiosa) e seu destino final(escatologia) e o que é moral ou imoral. Uma fonte comum de respostas para estas perguntas são as crenças em seresdivinos transcendentes, como deuses ou um Deus único, embora nem todas as religiões sejam teístas - algumas são ateístas ou ambíguas sobre o tema, especialmente as religiões orientaisEspiritualidadecrença ou envolvimento em assuntos da alma ou espírito, são muitas das diferentes abordagens que os seres humanos tomam na tentativa de responder a perguntas fundamentais sobre o lugar da humanidade no universo, o sentido da vida e a forma ideal para viver uma vida. Embora esses temas também sejam abordados pela filosofia e, em certa medida, pela ciência, a espiritualidade é única na medida em que se concentra nos conceitos místicos ou sobrenaturais como Karma e Deus.
Embora o nível exato da religiosidade seja difícil de medir,[82] a maioria das pessoas professa alguma variedade de crença religiosa ou espiritual, embora algumas sejam irreligiosas: que negam ou rejeitam a crença no sobrenatural ou espiritual. Outros seres humanos não têm crenças religiosas e são ateus,céticos científicosagnósticos ou simplesmente não-religiosos. O humanismo é uma filosofia que visa incluir toda a humanidade e todas as questões comuns aos seres humanos e é geralmente não-religiosa. Além disso, embora a maioria das religiões e crenças espirituais sejam claramente distintas da ciência, tanto a nível filosófico e metodológico, os dois não são geralmente consideradas mutuamente exclusivas, visto que a maioria das pessoas possui uma mistura de pontos de vista científico e religioso. A distinção entre filosofia e religião, por outro lado, às vezes é menos clara, e os dois estão ligados em campos como a filosofia da religião e teologia.

[editar]Filosofia e auto-reflexão

filosofia é uma disciplina ou campo de estudo que envolve a pesquisa, análise e desenvolvimento de ideias, em geral, abstratas ou de fundamental nível. É uma disciplina que busca uma compreensão geral da realidade, raciocínio e valores. Principais áreas de filosofia incluemlógicametafísicaepistemologiafilosofia da mente e axiologia (que incluiética e estética). A filosofia abrange um amplo leque de abordagens e é usada para se referir a uma visão de mundo, uma perspectiva sobre um assunto, ou para posições sustentadas por um determinado filósofo ou escola de filosofia.

[editar]Arte, música e literatura


Alegoria da Música (ca. 1594), uma pintura de uma mulher escrevendo partituraspor Lorenzo Lippi.
Obras artísticas têm existido por quase tanto tempo quanto a humanidade, desde a arte pré-histórica até a arte contemporânea. A arte é um dos aspectos mais incomuns do comportamento humano e uma característica chave dos seres humanos de outras espécies.
Como uma forma de expressão cultural por seres humanos, a arte pode ser definida pela busca da diversidade e do uso de narrativas de libertação e de exploração (isto é, a história da artecrítica de arte eteoria da arte) para mediar seus limites. Esta distinção pode ser aplicado a objetos ou performances, atuais ou históricos, e seu prestígio se estende àqueles que fez, descobriu, exibiu, ou a eles próprios. No uso moderno da palavra, a arte é geralmente entendida como o processo ou um resultado de fazer obras de material que, desde a concepção até a criação, aderiram ao "impulso criativo" dos seres humanos. A arte se distingue de outras obras, sendo em grande parte, espontaneamente, por necessidade, por unidade biológica, ou por qualquer perseguição indisciplinada de recreação.
música é um fenômeno natural e intuitivo com base nas três estruturas organizacionais distintas e interligadas de ritmoharmonia e melodia. Ouvir música é talvez a mais comum e universal forma de entretenimento para os seres humanos, ao mesmo tempo que aprendem e entendem que sãodisciplinas populares. Há uma grande variedade de gêneros musicais e músicas étnicas. A literatura, o corpo dos trabalhos de escrita, inclui prosapoesia e dramaficção e não-ficção. A literatura inclui gêneros como o épico, a lenda, o mitobalada e folclore.

[editar]Utilização de ferramentas e tecnologia


Uma ferramenta arcaica Acheulense de pedra.
As ferramentas de pedra foram usadas pelo proto-humanos, pelo menos, há 2,5 milhões de anos.[83] O uso controlado do fogo começou há cerca de 1,5 milhões de anos atrás. Desde então, os seres humanos têm feito grandes avanços, o desenvolvimento de tecnologia complexa para criar ferramentas para ajudar as suas vidas e permitir outros avanços na cultura. Grandes saltos na tecnologia incluem a descoberta da agricultura - que é conhecido como Revolução Neolítica; e da invenção de máquinas automáticas naRevolução Industrial. Nos tempos modernos, a invenção daInternet permitiu que os seres humanos possam compartilhar informações mais rápido do que nunca. O uso da eletricidadecomo energia é vital no mundo do homem moderno.
arqueologia tenta contar a história de culturas passadas ou perdidas, em parte, pelo exame atento dos artefatos que produziram. Os primeiros seres humanos deixarem ferramentas de pedracerâmica ejóias que são específicas para diferentes regiões e épocas.

[editar]Raça e etnia

Os seres humanos muitas vezes classificam-se em termos de raça ou etnia, muitas vezes com base em diferenças na aparência. As categorias raciais humanas foram baseados em ancestrais e traçosvisíveis, especialmente traços faciais, cor da pele e textura do cabelo. A maioria das atuais evidências genéticas e arqueológicas suportam uma única origem única do homem moderno na África Oriental.[84]Estudos genéticos atuais demonstraram que os seres humanos no continente Africano são geneticamente mais diversos.[85] No entanto, em comparação com os outros grandes macacos, asequência de genes humanos é notavelmente homogênea.[86][87][88][89] A predominância de variação genética ocorre dentro de grupos raciais, com apenas entre 5 a 15% de variação total ocorrendo entre os grupos.[90] Assim, o conceito científico de variação no genoma humano é em grande parte incongruente com o conceito cultural de etnia ou raça. Os grupos étnicos são definidos por características linguísticas, culturais, ancestrais, nacionais ou regionais. A auto-identificação com um grupo étnico é geralmente baseada no parentesco e descendência. Raça e etnia estão entre os principais fatores de identidade social que deram origem a várias formas de identidade política, por exemplo: o racismo.
Não existe consenso científico de uma lista de raças humanas e alguns antropólogos endossam o conceito de "raça humana".[91] Por exemplo, a terminologia de cor para raça inclui o seguinte em uma classificação das raças humanas: Negros (por exemplo, África subsaariana), Vermelhos (por exemplo, os nativos americanos), Amarelos (por exemplo os leste asiáticos) e Brancos (europeus, por exemplo).

[editar]Sociedade, governo e política


complexo das Nações Unidas emNova York, que abriga uma das maiores organizações políticas do mundo.
sociedade é o sistema de organizações e instituições resultantes da interação entre os seres humanos. Um estadoé uma comunidade política organizada ocupando um território definido, com um governo organizado e possuindo soberaniainterna e externa. O reconhecimento do pedido de independência de outro de outros estados, permitindo-lhe entrar em acordos internacionais, muitas vezes é importante para o estabelecimento deste Estado. O "estado" também pode ser definido em termos de condições internas, especificamente, como concebido por Max Weber"o Estado é uma comunidade humana que (com sucesso) reivindica o monopólio do uso "legítimo" da força física dentro de um determinado território."[92]
governo pode ser definido como os meios políticos de criar e aplicar as leis, normalmente através de uma hierarquia burocrática. A política é o processo pelo qual as decisões são tomadas dentro dos grupos. Embora o termo seja geralmente aplicado a um comportamento dentro dos governos, a política também é observada em todas as interações dos grupos humanos, incluindo as instituições empresariais, acadêmicas e religiosas. Existem muitos sistemas políticos diferentes, assim como diferentes maneiras de compreendê-los e, muitas definições se sobrepõem. A forma mais comum no mundo todo de governo é uma república, no entanto outros exemplos incluem a monarquia, o estado comunistaditadura militar e a teocracia. Todas estas questões têm uma relação direta com aeconomia.

[editar]Guerra


Os Bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki mataram mais de 120 000 seres humanos instantaneamente.
guerra é um estado de conflito generalizado entre os estados ou entre outros grandes grupos de seres humanos, que se caracteriza pelo uso da violência letal entre combatentes e/ou contra civis. Estima-se que durante oséculo XX entre 167 e 188 milhões de pessoas morreram como resultado da guerra.[93] Uma percepção comum de guerra é uma série de campanhas militares entre pelo menos dois lados opostos envolvendo uma disputa sobre asoberaniaterritóriorecursosreligião e outras questões. Uma guerra entre os elementos internos de um único Estado é uma guerra civil.
Houve uma grande variedade de evolução rápida de táticasem toda a história da guerra, que vão desde a guerra convencional à guerra assimétrica à guerra total e guerra não convencional. As técnicas incluem o combate corpo a corpo, o uso de armas de longo alcance e de limpeza étnica. A inteligência militar tem muitas vezes desempenhado um papel chave para determinar a vitória ou a derrota. A propaganda, que muitas vezes inclui informação, opinião tendenciosa e desinformação, desempenha um papel fundamental na manutenção da unidade dentro de um grupo em conflito e/ou semeando a discórdiaentre os adversários. Na guerra moderna, os soldados e veículos blindados de combate são utilizados para controlar a terranavios de guerra no mar e os aviões no céu. Estes campos têm também sobrepostos nas formas de fuzileiros, pára-quedistas, aviões militares e mísseis de terra-ar, entre outros. Satélites na órbita terrestre baixa fizeram do espaço um fator de guerra, bem como, embora nenhuma guerra real é atualmente conhecida a ser realizada no espaço.

[editar]Comércio e economia


Um mercado de rua é o exemplo clássico do local de venda e compra de bens porunidade monetária.
comércio é o intercâmbio voluntário de mercadorias eserviços e é uma forma de economia. Um mecanismo que permite que o comércio funcione é chamado de mercado. A forma original de comércio era o escambo, a troca direta de bens e serviços. Os comerciantes modernos, em vez disso, geralmente negociam através de um meio de troca, tal como o dinheiro. Como resultado, a compra pode ser separada da venda, ou lucro. A invenção do dinheiro (crédito e mais tarde, o papel-moeda e dinheiro não-físico) simplificou e promoveu o comércio. Devido à especialização e divisão do trabalho, a maioria das pessoas se concentrou em um pequeno aspecto da produção ou de serviços, trocando seu trabalho por produtos. O comércio existe entre as regiões, pois as diferentes regiões têm uma vantagem absoluta ou comparativa na produção de algumas commoditiesnegociáveis, ou porque o tamanho de regiões diferentes permite que os benefícios da produção em massa.
A economia é uma ciência social que estuda a produçãodistribuição, comércio e consumo de bens e serviços. A economia centra-se em variáveis mensuráveis, e é dividida em dois ramos principais:microeconomia, que trata dos agentes individuais, tais como famílias e empresas, e a macroeconomia, que considera a economia como um todo, caso em que considera a oferta agregada e demanda de dinheiro, de capital e commodities. Aspectos que recebem atenção especial na economia é a alocação de recursos, produção, distribuição, comércio e concorrência. A lógica econômica é cada vez mais aplicada a qualquer problema que envolve a escolha sob escassez ou a determinação do valor econômico. A economia ortodoxa se concentra em como os preços refletem a oferta e a procura, e usa equações para prever as consequências das decisões.

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