O jornalista Marcelo Duarte, que tem na bagagem 15 anos nas redações das principais revistas brasileiras, há cerca de dez transformou a curiosidade em uma espécie de desdobramento da profissão. Duarte criou a coleção Guia dos Curiosos, série que já está no sexto título e é publicada pela Panda Books. O quinto volume do guia, que trata da língua portuguesa, lançado em 2003, reuniu cerca de 5 mil verbetes pitorescos. Entre eles, a maior palavra da língua portuguesa: pneumoultramicroscopiscossilicovulcanoconiótico, formada por 46 letras, que descreve o estado das pessoas que sofrem de uma doença rara, provocada pela aspiração de cinzas vulcânicas. O autor conta que o volume sobre os bastidores da língua teve origem nas muitas perguntas enviadas ao site www.guiadoscuriosos.com.br. “O que eu mais recebia eram perguntas relacionadas à origem de palavras e expressões. Acabei tomando gosto pelo tema”, conta.
Abaixo, algumas das divertidas descobertas que a nossa língua portuguesa reserva.
Fazer nas coxas – A origem vem da época dos escravos, que usavam as próprias coxas para moldar o barro usado na fabricação das telhas. Como as medidas eram diferentes, as telhas saíam também em formatos desiguais. E o telhado, “feito nas coxas”, acabava torto.


Da cor de burro quando foge – Por acaso o burro muda de cor quando foge? Na verdade, a tradição oral foi modificando a frase, que inicialmente era “corra do burro quando ele foge”. O burro enraivecido é mesmo perigoso.
Arco-íris – Na mitologia grega, Íris era a mensageira da deusa Juno. Como descia do céu num facho de luz e vestia um xale de sete cores, deu origem à palavra arco-íris. A divindade deu origem também ao termo íris, do olho.


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