DE SÃO PAULO
Não vou aqui discutir as óbvias questões humanitárias. Vou falar em dinheiro para o Brasil.
Acredito que os imigrantes e migrantes podem trazer problemas --e trazem--, mas trazem mais soluções, afinal, no geral, são pessoas honestas e empreendedoras, dispostas a aceitar desafios.
É assim que deve se encarar esse debate sobre os imigrantes em geral, e os do Haiti, em particular.
As cidades mais interessantes do mundo, como Nova York e Londres, são efervescentes por causa da sua diversidade e da presença de imigrantes de todas as partes do mundo. Não há inventividade sem diversidade.
São Paulo é a cidade mais empreendedora do Brasil por causa dos nordestinos, italianos, japoneses, alemães, árabes, judeus, portugueses. Um sinal de nossa crise foi a saída de centenas de milhares de japoneses de volta ao Japão ou os brasileiros clandestinos nos Estados Unidos.
Abertura aos imigrantes está associada a riqueza, xenofobia, decadência. O imigrante e migrante têm uma garra especial e aumentam a competição pelas melhores vagas, gerando excelência e inovação.
Quanto melhor soubermos aproveitar a crise do mundo e atrair mais e mais gente trabalhadora e empreendedora, melhor.
Esse é um dos motivos que fizeram e fazem dos Estados Unidos, apesar de toda a crise, a nação mais criativa do mundo. Um dos índices de qualidade de suas universidades (o que o país tem de melhor) é justamente a diversidade formada por estrangeiros.
Portanto, ao olharmos os haitianos devemos ver ali não só alguém desesperado, mas um futuro empreendedor ou trabalhador dedicado.
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