O
governo chinês acaba de divulgar proposta de lei que pune com prisão de até 15
dias e multa de R$ 1.270 os que forem pegos comendo carne de cachorro, hábito
amplamente difundido no país.
O texto está em fase de consultas e, se receber o
sinal verde, poderá ser adotado a partir de abril.
De acordo com o esboço, os
restaurantes que desrespeitaram a proibição serão punidos com a astronômica
quantida de R$ 25 mil a R$ 127 mil.
Com o
enriquecimento das últimas três décadas, os chineses passaram a ter dinheiro
suficiente para adotar animais de estimação, entre os quais os cachorros são os
mais populares.
“Amigos ou comida?” passou a ser o slogan das entidades de
defesa dos animais que combatem a prática de transformar os cães em pratos de
restaurantes.
Na estimativa dessas instituições, os chineses comem a cada ano
cerca de 10 milhões de cachorros, muitos dos quais são mortos de maneira cruel,
porque existe a crença de que a adrenalina melhora o gosto da carne.
A proposta
também veta o consumo de carne de gato, que também é comum, mas não tão
difundido quanto a de cachorro.
Pequisa
online com 100 mil internautas realizada pelo portal Sohu.com indicou que 52%
dos votantes são favoráveis à proibição e 33% se opõem a ela.
Mas a pergunta
sobre a aplicação da punição teve resultados mais equilibrados: 48% disseram
sim às penas de prisão e multa, enquanto 45% responderam não. A questão é como
acabar com um hábito tão arraigado sem a adoção de penas rigorosas.
O fato é que meus amigos chineses acham muito
difícil a proibição ser adotada.Minha professora de chinês riu quando eu falei da proposta e falou que era impossível a proibição.
Outro amigo perguntou “por que podemos comer vacas e ovelhas e não cachorros?”.
Respondi que não temos _pelo menos não a maioria de nós_ vacas e ovelhas como bichos de estimação.
Ele não pareceu impressionado com o argumento.
Claudia Trevisan
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